“Gás a preço justo”: Petroleiros vendem botijões a R$ 50 no Rio de Janeiro

A ação promovida pelo Sindipetro-NF e pela FUP ocorreu em Rio das Ostras; valor do gás de cozinha já atingiu R$ 135 nos estados do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Rondônia, segundo a ANP

Fotos: Sindipetro-NF
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Em função da disparada no preço do botijão de gás, em consequência da desastrosa política econômica de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizaram, nesta quinta-feira (21), a campanha “Gás a preço justo”.

A ação ocorreu na Rua Peperônia, em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. O objetivo foi levar à população botijão de gás a preço justo. Ao todo, 200 unidades foram vendidas por R$ 50, valor que o NF acredita ser justo.

A população beneficiada ficou satisfeita com a ação, que vai proporcionar economia significativa no final do mês. “Somos em sete pessoas na minha casa e o gás pesa nas contas. Hoje, estou economizando quase R$ 80, que dá para comprar arroz, ovo, salsicha. A carne já fica mais difícil, porque está tudo muito caro, mas, com certeza, vai fazer diferença no final do mês”, afirmou Cristina Moreira.

“O Sindipetro-NF e a FUP têm realizado ações como essa em vários pontos do estado e essa é a primeira em Rio das Ostras. Sei que vocês devem se perguntar por que um sindicato de petroleiros está aqui, vendendo gás por R$ 50? Quero dizer que primeiro porque está caro. Segundo, para conscientizar vocês que o preço do gás é injusto e está atrelado à política. Não é a Petrobras que faz esse preço, mas, sim, o governo federal. A hora que o presidente quiser, ele pode mudar essa realidade”, destacou a diretora Bárbara Bezerra, às pessoas que participaram da ação.

Política de reajustes

Representantes da FUP e do Sindipetro-NF marcaram presença para prestar ajuda humanitária e explicar à população sobre os prejuízos da política de reajustes dos combustíveis, baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI), adotada pela Petrobras, desde outubro de 2016. Essa prática considera o preço do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar.

O impacto vai além do valor dos derivados de petróleo, como gás de cozinha, óleo diesel e gasolina: também afeta os preços dos alimentos, transportes e demais itens, em um efeito cascata, com forte impacto sobre a inflação.

“Mês passado, eu paguei R$ 100 no meu botijão. Hoje, nessa ação, vou pagar a metade, o que vai ajudar muito no orçamento. Seria maravilhoso se esse valor fosse uma realidade no nosso dia a dia”, declarou a moradora local, Maria Francisca.

Para o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, a conscientização do povo é importante para mudar esse cenário.

Privilégios

“Antes do golpe de 2016, pagávamos entre R$ 30 e R$ 40 no botijão de gás. Isso há cinco anos. Hoje, estamos pagando mais de R$ 130. Isso porque o governo quer privilegiar os amigos do Paulo Guedes, que querem ganhar às nossas custas. E não é só o botijão de gás. É o diesel, a gasolina, que automaticamente geram aumento no preço dos alimentos. Não podemos mais aceitar isso”, ressaltou Tezeu.

O valor do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, já atingiu R$ 135, nos estados do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Rondônia, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o GLP aumentou 34,67% nos últimos 12 meses.

Com informações do Sindipetro-NF