Os ataques costumeiros desferidos por Ciro Gomes (PDT) contra determinados setores da esquerda, especialmente o PT e mais especificamente ainda o ex-presidente Lula, custaram caro ao ex-ministro.
Durante o ato “Fora Bolsonaro”, neste sábado (2), na Avenida Paulista, em São Paulo, Ciro foi “homenageado” com uma intensa vaia pelos manifestantes, que gritavam “ole, ole, ole, olá; Lula Lula”.
Ciro não assimilou o golpe e reagiu às vaias: “Brasil é maior que fascismo travestido de vermelho ou de verde e amarelo. Meia dúzia de bandidos travestidos de esquerda acham-se donos da verdade”, disse.
Fato semelhante havia ocorrido pela manhã, nas manifestações contra Bolsonaro no Rio de Janeiro. As vaias forçaram Ciro a fazer um discurso relâmpago.
Desde o segundo turno da eleição presidencial de 2018, Ciro tem se descolado cada vez mais do campo progressista, adotando uma postura de crítica extrema, sistemática e até mesmo violenta ao PT e a Lula.
Fim de carreira
Um dos exemplos é o que ocorreu na sexta-feira (1). A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais para rebater a notícia falsa divulgada por Ciro. O presidenciável postou um tuite, no qual associa o ex-presidente Lula (PT) à Prevent Senior.
“O PT está na linha de frente da CPI da Pandemia, investigando Prevent Senior e todas as denúncias. Nossos senadores dão a cara a tapa. Onde está a turma boa do Ciro Gomes? O povo tá cansado de fake news e de acusação falsa, mas Ciro não aprendeu nada. Que fim de carreira”, disse Gleisi.