A organização não-governamental Ação da Cidadania realizou uma mobilização contra a insegurança alimentar no Rio de Janeiro neste domingo (17) com o objetivo de promover o lançamento da campanha Natal Sem Fome. No sábado, foi celebrado o Dia Mundial da Alimentação.
"O Brasil abriu alas hoje para a maior campanha de mobilização solidária da América Latina, o Natal sem Fome. No Rio, escolhemos a Praia de Copacabana como ponto para gritar por aqueles que não têm o que comer", disse o movimento em postagem feita no Instagram.
No ato, manifestantes carregaram carrinhos vazios como forma de protestar contra a insegurança alimentar. Também foram exibidos cartazes com os dizeres "quem tem fome, tem pressa" e "a fome voltou".
"O barulho dos carrinhos vazios, usados no ato simbólico, serve para lembrar que 19 milhões de pessoas não vão comer hoje, e isso é muito grave. O grafite, arte das ruas, estampa as desigualdades, mas também caminhos para resolver o problema que nós criamos: a fome", diz a ONG.
"Cada ação da campanha Natal sem Fome deste ano é um convite para que você dê asas à solidariedade e ajude como puder. Cada R$1 doado se transforma em um prato de comida", afirma o movimento.
Retorno da fome no Brasil de Bolsonaro
O retorno da fome ao país no governo Jair Bolsonaro já é uma realidade. Estão cada vez mais comuns cenas de brasileiros recorrendo a ossos e outras partes do boi que seriam descartadas para se alimentar. Um indicador da Conab estima que o consumo de carne (bovina, suína, de peixes, de aves) será o menor no Brasil dos últimos 25 anos.
A inflação registrada somente em relação às carnes frescas, no período de julho de 2020 a junho de 2021, foi de 38%, segundo o acumulado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Relatório da FAO, organismo da ONU para alimentação e a agricultura, divulgado em julho revelou ainda que dobrou o número de brasileiros que passam fome desde 2018.
Em live, Bolsonaro chegou a admitir que a comida era mais barata nos governos Lula e Dilma Rousseff.
Veja como foi o ato: