"A culpa é sua, Bolsonaro": ato em frente ao Planalto marca as 200 mil mortes por Covid

Nesta quinta-feira (7), dia em que o país superou mais uma triste marca da pandemia, presidente minimizou: "A vida continua"

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"A culpa é sua, Bolsonaro". Com essa frase grafada em uma grande faixa preta manifestantes realizaram um ato nesta sexta-feira (8), em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, para marcar a data em que o Brasil superou as 200 mil mortes em decorrência da Covid-19.

Com cartazes pedindo "vacina já" e o impeachment de Bolsonaro, os manifestantes responsabilizaram o presidente pelo fato do Brasil ser um dos países com situação mais crítica do mundo em relação à pandemia.

O ato foi silencioso e pacífico.

https://twitter.com/GeorgMarques/status/1347538657863991297

"A vida continua"

No dia em que o Brasil superou a triste marca de 200 mil mortos em decorrência da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar a doença.

Mesmo diante do fato de que o país segue sem um plano sólido de vacinação e vive uma inegável segunda onda da doença, o ex-capitão insiste em pedir para as pessoas “enfrentarem” o vírus e desdenhar do sofrimento de famílias que perderam entes queridos.

Em sua live semanal desta quinta-feira (7), Bolsonaro chegou a “lamentar” a marca de 200 mil mortos mas, logo na sequência, mostrou insensibilidade.

“Lamento as 200 mil mortes. Muitas dessas mortes com Covid, outras de Covid. Não temos uma linha de corte no tocante a isso daí. Mas a vida continua”, disparou. Ao falar sobre “mortes com Covid”, o presidente sugeriu que nem todos os óbitos contabilizados foram causados pela doença do coronavírus, mas sim por outros motivos.

Como de praxe, Bolsonaro ainda voltou a criticar as medidas de isolamento. “Não podemos nos transformar em um país de pobres”, afirmou.