PM segue com ameaças contra famílias do Quilombo Campo Grande, em MG

MST diz que, mesmo após Zema anunciar suspensão, PM continua no local e fala em nova ação nesta quinta-feira

Trabalhadores exibem faixa de resistência ao despejo Reprodução/MST
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denunciou, na noite desta quarta-feira (12), que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, mentiu e que a Polícia Militar continua no acampamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio, Sul do estado.

Em tuíte dirigido ao governador e à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) relata que conversou com o tenente-coronel, que está na reintegração de posse, e que ele disse que “não recebeu nenhuma ordem de suspensão e que continuará com a ação (de despejo) amanhã”.

A secretaria havia divulgado, na parte da tarde, uma nota oficial, reproduzida no Twitter do governo de MG, em que afirmava a suspensão da reintegração de posse no Acampamento Quilombo Campo Grande.

O MST alerta que nesta quinta-feira (13), às seis da manhã, a polícia poderá voltar a dar prosseguimento com as ações truculentas perpetradas na tarde de hoje, quando 450 famílias de trabalhadores rurais foram obrigadas a se retirarem de um terreno que ocupam e cultivam há mais de 20 anos.

"Não recuaremos um centímetro da decisão de lutar. Esse despejo em plena pandemia é um desrespeito a vida e a dignidade humana", protestou o movimento social.