Com mais de mil assinaturas, padres divulgam carta apoiando bispos que criticaram Bolsonaro e Guedes

Entre os signatários estão Julio Lancelotti e Edson Adelio Tagliaferro, que ganhou repercussão após dizer que quem votou em Bolsonaro devia se confessar

Foto: Marcos Corrêa/PR
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A Carta ao Povo de Deus, divulgada pela ala progressista da Confederação Nacional dos Bispos (CNBB) na última segunda-feira (27), ganhou o apoio de mais de mil padres nesta sexta-feira (30).

Segundo o jornalista Rafael Duarte, da agência de reportagem Saiba Mais, a nova carta reafirma o que foi apontado pelos 152 bispos da CNBB e já conta com 1.058 assinaturas.

"Nós, “Padres da Caminhada”, “Padres contra o Fascismo”, diáconos permanentes e tantos outros padres irmãos, reafirmamos com alegria, ânimo e esperança a fidelidade à missão a nós confiada e apoiamos os bispos signatários da Carta ao Povo de Deus e em sintonia com a CNBB em sua missão de testemunhar e fortalecer a colegialidade", diz trecho do novo documento.

Entre os signatários estão Julio Lancelotti, da pastoral de rua de São Paulo, e Edson Adelio Tagliaferro, da Paróquia Nossa Senhora das Dores, que ganhou repercussão nas redes após dizer que quem votou em Bolsonaro tem que se confessar por eleger bandido.

"O documento é uma leitura lúcida e corajosa da realidade atual à luz da fé. É a confirmação da missão e do desafio permanente para a Igreja: tornar o Reino de Deus presente no mundo, anunciando esperança e denunciando tudo o que está destruindo a esperança de uma vida melhor para o povo. É como uma grande tempestade que se abate sobre o nosso País. Os bispos alertam para o perigo de que “a causa dessa tempestade é a combinação de
uma crise de saúde sem precedentes, com um avassalador colapso da economia e com a tensão que se abate sobre os fundamentos da República”, principalmente impulsionado pelo Presidente", dizem os padres.

A carta dos bispos critica a “tempestade perfeita” que atinge o Brasil, que combina uma crise sem precedentes na saúde e um “avassalador colapso na economia” que está sendo “provocada em grande medida pelo Presidente da República [Jair Bolsonaro] e outros setores da sociedade, resultando numa profunda crise política e de governança”.

Confira aqui a nova carta na íntegra, obtida pelo Saiba Mais

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