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O Movimento Passe Livre (MPL) realizou, na tarde desta quinta-feira (30), um protesto contra a violência policial em São Paulo. Diferentemente dos outros grandes atos, que circulam pelas ruas da cidade, os manifestantes, desta vez, realizaram um escracho em frente a secretaria de Segurança Pública do Estado. O objetivo era chamar a atenção para a truculência da Polícia Militar observadas nas manifestações massivas do grupo contra o aumento da tarifa do transporte público.
"Hoje teve escracho na Secrataria de Segurança Pública e os(as) manifestantes mandaram o recado: não vão nos proibir de lutar por um transporte verdadeiramente público", escreveu o MPL pelas redes sociais após a atividade, que contou com faixas, cartazes e a queima de uma catraca de papel. A PM acompanhou o ato e não há registros de violência ou detenções.
Para além do escracho desta quinta-feira, o MPL já realizou 4 grandes atos este ano contra o aumento na tarifa do transporte público, que subiu de R$4,30 para R$4,40. Todas as últimas manifestações foram violentamente reprimidas pela PM com agressões físicas, disparos de balas de borracha e bombas de gás, além das detenções arbitrárias. Há, até mesmo, relatos de abuso sexual que teria sido cometido por um policial contra uma manifestante menor de idade. Em 2013, foi justamente a violência policial que fez estourar o estopim das manifestações que o MPL já vinha promovendo e que, depois, com a adesão de outras camadas da sociedade civil, se espalharam por todo o país, com uma série de pautas e demandas, e ficaram conhecidas como "jornadas de junho". O próximo ato do MPL contra o aumento da tarifa no transporte ainda não tem data definida.Hoje teve escracho na Secrataria de Segurança Pública e os(as) manifestantes mandaram o recado: não vão nos proibir de lutar por um transporte verdadeiramente público. . A LUTA CONTINUA ATÉ A TARIFA ZERAR! .#4e40NãoDá #CatraqueNãoPague#LutarNãoÉCrime pic.twitter.com/AZrby2Dxd3
— Passe Livre São Paulo (@passelivre_sp) January 30, 2020