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A mobilização do funcionários dos Correios contra a privatização da empresa estatal, incluída nos planos de Paulo Guedes, teve grande adesão nesta quarta-feira (11). Funcionários de 20 estados e do Distrito Federal cruzaram os braços contra as intenções do governo e contra a posição da direção da empresa de não negociar um acordo coletivo.
Iniciada às 22h desta terça-feira (10), a greve nacional por tempo indeterminado foi convocado por diversas assembleias que aconteceram na maioria dos estados e envolve as duas federações da categoria, a FENTECT e a FindECT. Segundo as entidades, "todos os 36 sindicatos de trabalhadores dos Correios aderiram à greve".
As entidades cobram a negociação de um Acordo Coletivo entre a direção da empresa e os funcionários, o que tem sido negado pelo presidente dos Correios, o general Floriano Peixoto. Segundo as entidades, a indicação do general teve como objetivo impulsionar o projeto de desmonte defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente Jair Bolsonaro, que disse que as privatizações começam pelos Correios.
"Com a ameaça de privatização, este também é o momento de discutir a importância dos Correios para a sociedade, não apenas pelos impactos causados pela paralisação, mas pela necessidade de repensar as relações de trabalho, os problemas reais do povo brasileiro como o desemprego e – principalmente – o projeto de desmonte do Estado que quer destruir o patrimônio público brasileiro", disse a FENTECT em nota.
O vice-presidente do FindECT, Elias Cesário de Brito Junior, denuncia a falta de compromisso da direção com os trabalhadores, que tiveram que acionar o Tribunal Superior do Trabalho (TST) para tentar negociar um acordo, que ainda não foi feito. "Vai ser uma luta de titãs. Temos um governo que pensa que é grande, mas nós temos uma categoria e um povo brasileiro que é muito maior que eles", declarou.