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Fernando Santa Cruz, vítima de desaparecimento forçado durante o regime militar e declarado como morto apenas em 2019, recebeu homenagens dos estudantes nas manifestações desta terça-feira (13), dia marcado por atos contra as medidas de desmonte do governo Bolsonaro na Educação, como os cortes orçamentários e o programa Future-se.
Fernando foi alvo de ataques por parte do presidente Jair Bolsonaro direcionados para o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, filho do desaparecido. “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade”, disse Bolsonaro. O rapaz, que tinha 26 anos, desapareceu em 23 de fevereiro de 1973, foi levado à Casa da Morte em Petrópolis, e teve seu corpo incinerado em usina de açúcar.
O Diretório Central de Estudantes da Universidade Federal Fluminense, batizado de Fernando Santa Cruz, fez uma homenagem durante a concentração para o ato do Rio de Janeiro. Estudantes levantaram placas de rua com o nome do desaparecido e cartazes em defesa da memória, verdade e justiça.
[caption id="attachment_183863" align="aligncenter" width="700"] Rosalina Santa Cruz, irmã de Fernando, presente no ato do Rio de Janeiro | Foto: Rebeca Belchior/CUCA da UNE[/caption]
Em São Paulo, o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão, também fez uma homenagem ao militante morto pela ditadura militar e vestiu uma camisa com o rosto de Fernando estampado.
https://twitter.com/uneoficial/status/1161360518034219010