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Neste sábado (26), milhares de manifestantes fecharam as duas pistas da Avenida Paulista, em São Paulo, e seguiram até a Praça da Sé, em defesa da legalização da maconha e pelo fim da guerra às drogas, na décima edição da Marcha da Maconha. Até o fechamento desta matéria, não havia sido divulgada a estimativa de público. A Mídia Ninja, que transmitiu a manifestação, fala em 50 mil.
"Ousada, autônoma, interseccional, animada, diversa, politizada", descreveu a organização do protesto que também pediu "pela liberdade de nossos presos, em memória de nossos mortos, pelo acesso universal ao medicamento e à recreação; contra a violência policial, contra o machismo, contra o racismo e contra a militarização da vida".
Esta edição da Marcha comemorou 10 anos de liberação do protesto. "Parece piada, mas é verdade. De 2008 até 2011 a Marcha da Maconha SP era proibida pela justiça (sempre um dia antes, pra não dar tempo da gente recorrer)", lembra Gabriela Moncau, do Coletivo Desentorpecendo a Razão (DAR).
"A Marcha é, na prática, o descrédito da proibição. Não estamos pedindo pra nenhum juiz ou político que nos conceda nossa liberdade de decidir o que fazer do nosso próprio corpo", explica a ativista. "Temos como caminho a mudança de mentalidade, tentamos convencer as pessoas de que nós, enquanto sociedade, precisamos pensar em outras formas de lidar com as drogas: formas baseadas na redução de danos, na dignidade, na liberdade, no cuidado, no respeito às escolhas das pessoas."
[caption id="attachment_134059" align="aligncenter" width="1024"] (Foto: Ivan Longo/Fórum)[/caption]
[caption id="attachment_134060" align="aligncenter" width="1024"] (Foto: Ivan Longo/Fórum)[/caption]
[caption id="attachment_134061" align="aligncenter" width="1032"] (Foto: Ivan Longo/Fórum)[/caption]