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O sociólogo Jessé de Souza esteve, na manhã desta quinta-feira (12), no acampamento Lula Livre, em Curitiba, em frente à sede da Polícia Federal onde o ex-presidente Lula está preso desde sábado (7). Autor de obras aclamadas, Souza escreveu "A Elite do Atraso", obra que está sendo lida por Lula neste momento, de acordo com seus advogados.
Aos militantes que estão em vigília permanente no acampamento, Jessé deu uma verdadeira aula de sociologia para explicar os fatores que motivaram a prisão política do petista.
O ódio ao Lula é o ódio aos pobres. Um ódio ao ex-escravo que a elite explora e precisa ser mantido humilhado no lugar ao qual essa elite quer que ele permaneça. O tema da corrupção é apenas um pretexto. Não existem provas contra ele. O Brasil vive uma doença, a doença do ódio, do fascismo. Querem que nosso povo volte a ser escravo e não levante a cabeça. Mas depois de Lula os pobres desse país sabem que o ‘senso de lugar’ imposto a eles não é natural, mas sim um senso construído pela elite”, pontuou.
Globo, principal agente do golpe
Em sua fala no acampamento, sociólogo destacou ainda o papel da Globo, que vem sendo usado como instrumento para "demonizar" a política. Para Jessé, trata-se de uma "organização canalha".
"Desde o começo esse processo foi montado, a acusação montou uma teoria combinada com uma organização canalha, que é a Globo, que disseminou isso por três anos. É uma condenação prévia. A mídia, principalmente a Globo, repete para sociedade que o principal problema da nossa sociedade é a corrupção política, embora ela exista, isso não é verdade. A pior corrupção é a do mercado. O povo é assaltado diariamente pela intermediação financeira sob a chancela da mídia que mente descaradamente”, afirmou.
*Com Agência PT