Escrito en
MOVIMENTOS
el
A Força Sindical, de Paulinho da Força, está fazendo propostas ao governo Temer e troca de uma resistência menor à reforma da Previdência. Negociação não é compactuada pela CUT, que rebateu a manchete que induz que todas as centrais estariam negociando: "A CUT não negocia direitos conquistados"
Por Redação
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgou, na tarde deste sábado (25), uma nota que desmente uma manchete do jornal Folha de S. Paulo que induz o leitor a pensar que as centrais sindicais estariam negociando a reforma da Previdência com o presidente Michel Temer em troca a aprovação de uma contribuição.
A manchete "Por volta de contribuição, centrais oferecem oposição menor a reforma" generaliza a posição das centrais sindicais quanto ao tema. O que o jornal trata no texto e esconde na manchete, no entanto, é que uma central em específico, a Força Sindical, está propondo uma negociação. A central de Paulinho da Força, em detrimento dos direitos de milhares de trabalhadores, prometeu uma resistência menor ao projeto caso Temer aprove a contribuição assistencial obrigatória, em que todos os trabalhadores, incluindo os não sindicalizados, deveriam pagar às centrais da categoria - o que aumentaria a renda dos sindicatos.
"A CUT não está negociando com o governo ilegítimo e golpista de Temer a volta de qualquer tipo de imposto em troca do fim da aposentadoria e da CLT (...) A leitura da matéria prova a distorção do jornal que, sempre que possível, busca desqualificar a luta da CUT em defesa dos direitos da classe trabalhadora", diz a nota da CUT.
Leia a íntegra.
A CUT não está negociando com o governo ilegítimo e golpista de Temer a volta de qualquer tipo de imposto em troca do fim da aposentadoria e da CLT. A Folha de S Paulo deste sábado induz o leitor a erro. Ao afirmar na manchete que _"Por volta de contribuição, centrais oferecem oposição menor a reforma"_, o jornal inclui todas as centrais brasileiras em uma suposta negociação contrária aos interesses da classe trabalhadora. A leitura da matéria prova a distorção do jornal que, sempre que possível, busca desqualificar a luta da CUT em defesa dos direitos da classe trabalhadora. A CUT não negocia direitos conquistados* com muita mobilização, luta, enfrentamentos com a polícia política dos governantes antidemocráticos por nenhuma negociata feita em gabinetes. A luta da CUT é em defesa da classe trabalhadora*. Colocamos um milhão de pessoas nas ruas contra os desmontes de Temer no último dia 15 e no próximo dia 31 vamos parar o Brasil contra a terceirização, contra o fim da aposentadoria e da CLT. Vagner Freitas Presidente Nacional da CUT