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Paralisação contra as reformas trabalhistas do governo será definida em reunião na próxima segunda-feira (27)
Por Isabelle Grangeiro, colaboradora da Rede Fórum
As seis centrais sindicais reconhecidas formalmente e o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, se reuniram nesta quinta-feira (23) no escritório UGT, em Brasília, para discutir a aprovação do projeto da terceirização na última quarta-feira (22) e a votação das reformas da Previdência e Trabalhista. O objetivo agora é a construção de uma greve geral, que será definida em reunião na próxima segunda-feira (27).
Em Brasília, os sindicalistas estipularam uma programação para combater os retrocessos propostos pelo governo de Temer. Na próxima terça-feira (28), os representantes das centrais se reunirão com o Senador Romero Jucá (PMDB-RR) para discutir sobre o projeto de terceirização em pauta no Senado, o PL 4302. Na quarta-feira (29), a conversa será com o Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) elegeu o dia 31 como o dia nacional de mobilização. As demais centrais vão esperar a próxima reunião para divulgarem as datas com os calendários de luta.
Os dirigentes também avaliaram como positiva a participação da população nos dias 8 e 15 de março. Segundo os sindicalistas, as datas foram demonstrações da força que a classe trabalhadora precisava para seguir em frente e barrar os retrocessos que estão por vir.
Na reunião, as centrais divulgaram uma nota conjunta contra o projeto de terceirização.
Leia a íntegra:
Terceirização aprovada condena o trabalhador à escravidão É inaceitável! O projeto de terceirização, PL 4302/98, aprovado nesta quarta-feira, dia 22, é um retrocesso e acaba com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Com mais de 12 milhões de desempregados, o trabalhador não pode ser ainda mais penalizado pelo governo para resolver a grave crise político/econômica do País. Essa terceirização promove uma reforma trabalhista e sindical. Aumenta a insegurança jurídica, acaba com os direitos trabalhistas, divide as categorias e permite que o setor patronal faça o que bem entender com os sindicatos dos trabalhadores. O trabalhador ganhará menos, trabalhará mais e ficará exposto a acidentes de trabalho. O governo Temer e o Congresso Nacional atendem somente a interesses da classe empresarial. As centrais sindicais condenam o projeto da forma que foi aprovado. Seguimos firmes na organização de nossas bases, cobrando a abertura de negociações e a manutenção da proibição de terceirização na atividade fim. As centrais sindicais reiteram todos os esforços de mobilização dos trabalhadores, mas afirmam estar abertos ao dialogo. Paulo Pereira da Silva (Paulinho) Presidente da Força Sindical Vagner Freitas Presidente da CUT Ricardo Patah Presidente da UGT Adilson Araújo Presidente da CTB José Calixto Ramos Presidente da Nova Central Antonio Neto Presidente da CSB