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Além de exigirem posicionamento do reitor sobre a invasão policial, estudantes pedem assistência estudantil e estrutura
Por Redação
A reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi ocupada na manhã de quarta-feira (14). Os estudantes que integram o movimento pedem mais assistência estudantil, estrutura e segurança. Em nota, eles criticam diversos serviços da instituição e esclarecem suas necessidades.
“A UFRGS comemora seu 80º aniversário com a falsa propaganda de ‘80 anos de excelência’. Excelência cujos estudantes, em sua grande maioria, não veem pelos corredores, campi ou salas de aula que frequentam”, publicaram. Um exemplo citado é o Restaurante Universitário do campus do Vale, que tem mais de 80 notificações da Vigilância Sanitária.
A grande pauta da mobilização é presença de policiais e guardas civis metropolitanos na UFRGS. A ocupação foi realizada em decorrência da invasão da polícia militar à Escola de Educação Física (ESEF) no dia 19 de abril, quando participantes de um encontro discente foram agredidos e presos. Quatro estudantes e um segurança terceirizados foram detidos.
“A reitoria não foi capaz de tomar a posição de repúdio que lhe cabia ao lançar uma nota sobre o ocorrido”, lamentam os estudantes. Para mudar o quadro, eles exigem que o reitor Carlos Alexandre Netto peça a retirada da queixa contra os detidos e se posicione contrário à presença de policiais e guardas nos campi.
Sobre os direitos estudantis, os alunos pedem padronização do cardápio dos restaurantes, manutenção das Casas de Estudantes e aumento da bolsa permanência para R$ 700,00. Já na questão de segurança, eles declaram “ocorrência frequente de casos de estupro e assalto nos campi”. Portanto, eles pedem mais iluminação e novos concursos públicos para seguranças universitários, o que não é feito há mais de 10 anos.
A estrutura universitária também é questionada nas cartas publicadas pelos universitários. Eles pedem ampliação dos serviços de transporte, entrega imediata de biblioteca em reforma, implementação de tratamento de esgoto e, sobretudo, mais acessibilidade para portadores de necessidades especiais.
Outras necessidades gerais são abordadas, como o fim da listra tríplice para eleições da reitoria, regulamentação dos concursos públicos e demissão de servidores terceirizados para contratação imediata como funcionários federais.
Um ponto importante é o pedido de fim do acordo militar da UFRGS com a empresa israelense Elbit (AEL, no Brasil). “Não queremos que a nossa universidade seja utilizada para produção de conhecimento a estes mercadores da morte, que lucram milhões com a apartheid israelense e promovem o genocídio do povo palestino”, explicam.
(Foto de capa: Reprodução/Facebook)