Centrais sindicais marcham na avenida Paulista

Pauta da 8ª Marcha da Classe Trabalhadora vai de redução da jornada à diminuição de dos juros; ato reuniu cerca de 8 mil pessoas

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Pauta da 8ª Marcha da Classe Trabalhadora vai de redução da jornada à diminuição de dos juros; ato reuniu cerca de 8 mil pessoas Por Ivan Longo [caption id="attachment_44990" align="alignleft" width="300"]O ato, de acordo com a PM, reuniu cerca de 8 mil trabalhadores. (Foto: Ivan Longo) O ato, de acordo com a PM, reuniu cerca de 8 mil trabalhadores. (Foto: Ivan Longo)[/caption] As centrais sindicais CGTB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT iniciaram na manhã desta quarta-feira (9) a 8ª Marcha da Classe Trabalhadora no centro da capital paulista.  O objetivo do ato unificado é chamar a atenção para reivindicações que o movimento sindical considera pendências a serem atendidas pelo Executivo, pelo Legislativo e pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Entre os itens em pauta, estão a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas sem redução de salário, fim do Fator Previdenciário, correção da tabela do Imposto de Renda e reajuste dos aposentados. "Estamos aqui para exigir a redução da jornada de trabalho para 40 horas, o que vai gerar mais emprego para o Brasil. Também reivindicamos a manutenção da política de valorização do salário mínimo, que foi adotada na época do governo Lula, e que precisa ser revista. Além disso, lutamos pela questão da política de juros que, querendo ou não, acaba afetando a economia do país. O crédito se torna mais caro para o consumidor e acaba freando o consumo... Mas todos que estão aqui tem sua bandeira para levantar. Temos o MST, pedindo ampliação da reforma agrária, empregadas domésticas, pessoal do comércio, do setor de serviços..", afirmou Antônio Soares, diretor da Federação dos Bancários e filiado à CUT. Entre outras bandeiras, conforme citado por Soares, estavam presentes no ato, por exemplo, reivindicações contra o esquema de cartel de trens e Metrô do governo do estado de São Paulo. "É o trabalhador quem sofre no transporte público enquanto o governo ganha dinheiro", dizia um dos manifestantes. [caption id="attachment_44996" align="alignleft" width="300"]Manifestantes protestam também contra o "Trensalão". (Foto: Ivan Longo) Manifestantes protestam também contra o "Trensalão". (Foto: Ivan Longo)[/caption] A concentração começou por volta das 10h na praça da Sé e os participantes seguiram em passeata pela avenida Brigadeiro Luís Antônio até o vão livre do Masp, na avenida Paulista. Cerca de 8 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar, estavam presentes no ato. Em entrevista concedida na segunda-feira (7), os dirigentes das entidades enfatizaram que o evento não pretende ser um ato contra o governo, mas uma cobrança extensiva a todos os poderes sobre o não atendimento de uma série de reivindicações, muitas das quais com quase duas décadas de espera, caso da proposta de redução da jornada de trabalho. A pauta completa da Marcha, aprovada em encontro das centrais em 15 de janeiro deste ano na sede da CUT, é a seguinte: -Manutenção da política de valorização do salário mínimo; -Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário; -Fim do Fator Previdenciário; -10% do PIB para a Educação; -10% do Orçamento da União para a Saúde; -Reforma Agrária e Agrícola; -Regulamentação da Convenção 151 da OIT (negociação coletiva no setor público); -Combate à demissão imotivada, com a aprovação da Convenção 158 da OIT; -Igualdade de oportunidades e de salários entre homens e mulheres; -Valorização das aposentadorias; -Redução dos juros e do superávit primário; -Correção e progressividade da tabela do Imposto de Renda (IRPF); -Não ao PL 4.330 da terceirização; -Transporte público de qualidade; -Fim dos leilões do petróleo