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Metalúrgicos fazem manifestação na Esplanada dos Ministérios em favor da Convenção 158, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), contra a demissão imotivada
Por Clara Mousinho
Valter Campanato/ABr
Na Esplanada dos Ministérios, metalúrgicos protestam a favor da Convenção 158, da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
Metalúrgicos fazem manifestação na Esplanada dos Ministérios em favor da Convenção 158, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), contra a demissão imotivada
Brasília - Cerca de 2 mil sindicalistas metalúrgicos fazem marcha em Brasília hoje (14). A categoria pede igualdade salarial em todos os estados do país, redução da jornada de trabalho e ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que impede a demissão sem motivo.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Carlos Alberto Grana, a rotatividade atinge quase um terço dos trabalhadores do setor e aumenta os gastos públicos.
“No setor metalúrgico, só no ano passado, houve uma rotatividade em torno de 30% dos trabalhadores. O impacto é também para o Estado. Isso leva milhares de trabalhadores a ter que recorrer ao seguro-desemprego. Então, essa rotatividade, além de ser perversa com os trabalhadores, causa um prejuízo para o Estado”, alerta Grana.
O presidente da Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul, Milton Viario, afirma que as empresas demitem e contratam os metalúrgicos para reduzir os custos da produção. Para ele, se a convenção da OIT for ratificada, vai possibilitar a mobilização e a ascensão dos metalúrgicos.
“Nós temos um dado do Rio Grande do Sul do ano de 2006. A nossa categorias tem 156 mil trabalhadores. Houve 50 mil demissões e 55 mil contratações, ou seja, 5 mil vagas a mais. Porém, a massa salarial dos demitidos era de R$ 48 milhões e dos contratados era de R$ 43 milhões. Nós temos uma média de salário ente os demitidos em torno de R$ 900 e os admitidos um pouco mais de R$ 700”, calcula Viario.
Os sindicalistas entregaram as reivindicações da categoria para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. À tarde, eles vão ao Congresso Nacional e para o Supremo Tribunal Federal (STF). No fim do dia, os militantes realizarão uma assembléia nacional dos metalúrgicos.
Agência Brasil