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Esther Dweck rebate editorial de 'O Globo' sobre estatais

Ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos contesta jornal carioca que criticou a política do Governo Lula em relação à governança e modernização das empresas públicas

Esther Duek rebate editorial de 'O Globo' sobre estatais.Ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos contesta jornal carioca que criticou a política do Governo Lula em relação à governança e modernização das empresas públicasCréditos: Adalberto Marques/MGI
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A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, contestou neste domingo (15) um editorial publicado pelo jornal O Globo, que criticou a política do Governo Lula em relação à governança e modernização das empresas públicas.

Em rede social, a ministra afirmou que o texto contém informações equivocadas e defendeu o papel estratégico das estatais no desenvolvimento do país.

“O déficit das estatais não representa prejuízo à sociedade. As estatais utilizadas na conta de O Globo são independentes do Tesouro. Ou seja, ainda que houvesse prejuízo, a conta não seria do contribuinte”, afirmou Dweck.

O editorial e o ataque ao governo Lula

No artigo intitulado "Estatal deficitária deve ser vendida ou liquidada", O Globo argumentou que, nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, as empresas públicas passaram por "saneamento" e deixaram de pesar nos cofres públicos, mas que voltaram a apresentar déficits na gestão de Lula.

O editorial sustenta que as estatais devem ser privatizadas ou liquidadas se não forem capazes de gerar lucro. “Foi só Lula voltar ao Planalto, e elas voltaram a fechar no vermelho”, escreveu o jornal.

Resposta da ministra e do governo

Esther Dweck rebateu a narrativa do jornal, destacando que o período mencionado pelo editorial como superavitário foi, na verdade, marcado por aportes significativos do Tesouro às empresas públicas, com o objetivo de prepará-las para privatizações.

“No período em que o editorial cita que as empresas foram superavitárias, ele deixa de mencionar que o superávit decorreu dos aportes que elas receberam do Tesouro. Elas não eram mais eficientes. Elas estavam sendo preparadas para a privatização com recursos públicos”, afirmou a ministra.

Ela também destacou que estatais dependentes do Tesouro, como hospitais universitários do SUS e a Embrapa, representam 72% dos recursos repassados pelo governo às empresas públicas em 2023.

“As estatais possuem um papel fundamental no desenvolvimento inclusivo e sustentável do Brasil. As medidas anunciadas pelo governo federal no último dia 9/12 buscam melhorar sua capacidade de gerar resultados para a sociedade brasileira”, pontuou Dweck.

Lula critica governos anteriores

Após receber alta hospitalar na manhã deste domingo (15), o presidente Lula fez uma aparição surpresa durante coletiva de imprensa no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele também fez uma crítica contundente aos governos de Jair Bolsonaro e Michel Temer.

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"Vocês sabem a quantidade de coisa que estava desmontada nesse país, porque, na verdade, o Brasil não teve um governo de 2019 a 2022. O Brasil teve uma praga de gafanhoto que resolveu destruir os valores desse país, o respeito à democracia, o respeito às instituições, o respeito à governabilidade desse país. E eu quero, dia 31 de dezembro de 2026, entregar esse Brasil mais alegre, esse Brasil sem fome, esse Brasil com mais emprego, esse Brasil com mais respeito, esse Brasil sem fake news, esse Brasil sem mentira", disse Lula.

A declaração reforça a posição do governo atual em reverter a política de privatizações e garantir que as estatais desempenhem um papel estratégico no desenvolvimento do país.

 

 

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