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Cid Moreira, dono da voz do Jornal Nacional, morre aos 97 anos

Jornalista e locutor apresentou mais de 8 mil edições do JN entre 1969 e 1996. Ao final da vida, filhos o acusaram de abuso sexual e negligência parental. Cid Moreira negou e os exclui da divisão de bens

Cid Moreira em uma das últimas apresentações do JN.Créditos: Divulgação / Globo
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Dono de uma das vozes mais icônicas do jornalismo brasileiro, que tornou-se símbolo do Jornal Nacional, Cid Moreira morreu nesta quinta-feira (3) aos 97 anos de idade após semanas de internação no Hospital de Santa Teresa, em Petrópolis, no Rio, para tratar uma pneumonia.

A morte foi confirmada por Patrícia Poeta, que deu a notícia ao vivo durante o programa Encontro, da TV Globo. 

Nascido em Taubaté em 29 de setembro de 1927, o jornalista e locutor apresentou mais de 8 mil edições do Jornal Nacional, na emissora da família Marinho, entre 1969 e 1996.

Ao final da vida, o apresentador foi acusado pelo filho adotivo, Roger Moreira, de abuso sexual. Em declaração à revista Caras em fevereiro deste ano, Moreira afirmou que "isso aí já foi julgado e arquivado".

"Estou encaminhando para 97 anos, não tenho mais condição nenhuma de estar enfrentando essa palhaçada. A Bíblia diz que o filho que insurge contra o pai, merece ser morto", disparou.

Na divisão de bens, o ex-apresentador do JN disse que não tinha interesse em se reconciliar com os filhos Roger e Rodrigo Moreira, que também acusou o pai de negligência parental.

"Eu fui jogado no lixo por causa de dinheiro. E foi a segunda vez que eles tentaram. A primeira, eles fizeram uma ondinha e tal, mas na segunda, como a internet cresceu, pegou fogo. Mas foi tudo sem prova e o pessoal, por audiência, foi abrindo as portas", disse em entrevista à Folha também em fevereiro deste ano.