A Associação Brasileira de Mídia Digital (ABMD) emitiu uma nota em defesa do jornalista Breno Altman, responsável pelo site Opera Mundi, que vem sofrendo uma implacável perseguição judicial por parte da Confederação Israelita do Brasil (Conib), entidade responsável por defender os interesses do Estado de Israel no país. Breno, que é judeu, tem posições antissionistas e peremptoriamente contrárias às agressões militares promovidas por Israel contra o povo palestino, que resultam inequivocamente num massacre.
Utilizando de influência, lobby e instrumentalizando o sistema judicial brasileiro, a Conib promove um verdadeiro cerco a Breno Altman, o que em última instância tem produzido um efeito de cerceamento da livre atividade jornalística por parte do profissional. Na prática, uma forma de censura. O Brasil, como nação soberana e independente, salienta a ABMD, e à luz da Constituição Federal de 1988, não pode permitir que uma prática conhecida por lawfare resulte no impedimento do exercício do jornalismo, sobretudo da imprensa independente.
Veja abaixo a íntegra da nota emitida pela ABMD
A Conib não pode censurar Breno Altman
A Associação Brasileira de Mídia Digital vem, por meio desta, repudiar mais uma tentativa da Confederação Israelita do Brasil (Conib) de censurar o jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi. Em mais uma ação na Justiça, a Conib pede suspensão de todas as redes sociais do jornalista.
A tentativa insistente de criminalizar as críticas de Breno Altman ao sionismo revela um desejo de impedir o debate sobre a violência colonial do Estado de Israel contra os palestinos, em flagrante desrespeito à lógica democrática da Constituição de 1988.
Ao praticar lawfare contra o jornalista, a Conib demonstra querer silenciar aqueles que não comungam de suas ideias. Essa prática põe em risco não apenas o direito de expressão de Altman, mas de todo o jornalismo, sobretudo o independente, praticado pelos veículos que participam desta entidade.
Desta forma, a ABMD espera que o sistema judiciário brasileiro de pronto recuse mais essa investida contra o jornalismo e a democracia no Brasil.