A Record TV, emissora do bispo Edir Macedo, dono da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), deu início nesta segunda-feira (17) a um processo de demissões em massa, focando principalmente no jornalismo e em funcionários que vieram da Globo.
A medida foi adotada após um prejuízo de R$ 500 milhões na operação da empresa de 2022 e, segundo o site Notícias da TV, do portal UOL, mais de 200 funcionários, entre eles jornalistas e apresentadores famosos, devem ser demitidos ao longo da semana.
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Entre os nomes mais conhecidos que já foram desligados nesta segunda-feira, estão, por exemplo, os da jornalista Patrícia Costa, que apresentava o "Domingo Espetacular" e que estava na emissora desde 2010, e dos repórteres Roberto Thomé e Sylvestre Serrano.
"Me adaptei a todos os desafios. Fui para a madrugada com um filho pequeno e depois para outra ponta da madrugada, em menos de 2 anos. Me esforcei para atender todas as demandas. Mas agora um ciclo se fechou e tenho certeza que outro ainda mais lindo me espera", escreveu Patrícia Costa em sua conta do Instagram ao anunciar a demissão.
Record se manifesta sobre demissões
Em nota oficial divulgada na noite desta segunda-feira (17), a Record confirmou a onda de demissões e afirmou que os desligamentos são "necessários".
A emissora sinalizou ainda no comunicado uma guinada editorial, sinalizando apoiar o governo Lula, ao afirmar que está "torcendo e contribuindo para o crescimento e retomada do poder econômico do país e do povo brasileiro".
Leia abaixo a íntegra da nota:
"Num momento em que todo o mercado de mídia, da televisão aberta e dos demais veículos, passa por um período de reformulação de seus investimentos, o Grupo Record --composto por Record TV, Record News, R7.com e PlayPlus-- faz uma reorganização em suas frentes de trabalho.
O Grupo Record continuará trabalhando sem descanso para conquistar novos investimentos em seus negócios. Também estará torcendo e contribuindo para o crescimento e retomada do poder econômico do país e do povo brasileiro.
Desligamentos foram necessários, mas com respeito ao ser humano acima de tudo, às leis e às regras trabalhistas".