No auge da pandemia, quando o Brasil chegava à casa de 300 mil mortos - com uma média diária que chegava a quase 3 mil óbitos por dia - o apresentador Sikêra Jr. recebeu a comitiva presidencial em seu programa e posou ao lado de Jair Bolsonaro (PL) com a placa "CPF Cancelado", um termo chulo usado pela extrema-direita para celebrar a morte.
A bajulação à Bolsonaro rendeu audiência e um contrato milionário, com salário de R$ 6 milhões anuais, ao apresentador pernambucano que fez carreira na TV A Crítica de Manaus, afiliada da Rede TV! na Amazônia.
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Mas, o fim do governo Bolsonaro fez com que Sikêra Jr. registrasse uma audiência pífia, de 0,5 ponto de audiência na grande São Paulo - ficando atrás até mesmo da Record News - e causou um problema de R$ 32 milhões à emissora de Marcelo de Carvalho e Amílcare Dallevo.
Insatisfeitos com a falta de audiência e a fuga de anunciantes após o fim do governo Bolsonaro, a dupla que comanda a Rede TV busca um acordo amistoso com Sikêra para cancelar a atração e demitir o apresentador, que tem contrato até 2027 com os R$ 6 milhões anuais de salário, além de uma cláusula contratual que implica no pagamento de R$ 32 milhões à afiliada amazonense da Rede TV.
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Segundo informações de Gabriel Perline, no portal Ig, Sikêra está "com os dias contados" na emissora e "já iniciou uma conversa direta com os diretores para cancelar o contrato".
O apresentador já teria aceitado rescindir o contrato abrindo mão da indenização após reconhecer o prejuízo que vem causando à emissora.
Além da baixa audiência e da fuga de anunciantes, a Rede TV! ainda enfrenta uma série de processos pelos ataques machistas e homofóbicos do apresentador.
O fim do contrato deve acontecer ainda neste mês e Sikêra já estaria negociando para levar o programa a uma emissora concorrente.