Alegando que os documentos do general da reserva e ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, Eduardo Pazuello, só dizem respeito à sua vida privada, o Comando do Exército negou o acesso público ao processo em que o militar foi investigado por participar, ainda como oficial da ativa, de um ato político do ex-presidente sem autorização do comando. A manifestação ocorreu em maio de 2021, quando o Brasil vivia um dos seus piores momentos na pandemia.
O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já determinou que a Controladoria Geral da União (CGU) revise todos os sigilos impostos por Bolsonaro, incluindo os relacionados a Pazuello.
Em matéria assinada por Francisco Leali, o Estadão relata dois pedidos de acesso ao processo negados, um em 2021 e outro no início de dezembro. Ambos baseados na Lei de Acesso à Informação e negados pelo Comando do Exército que invocou o sigilo de Bolsonaro nas decisões.
Na última segunda-feira (2) um despacho presidencial deu 30 dias para a CGU reavaliar os sigilos centenários de Bolsonaro. Após o período, o órgão deve julgar os sigilos apontados como irregulares. Vale lembrar que, mesmo durante o governo Bolsonaro, técnicos da CGU apontaram que as informações sobre o processo de Pazuello deveriam ser públicas.
*Com informações do Estadão.