A saída em "comum acordo" do jornalista Chico Pinheiro da Globo, que se concretizou nesta sexta-feira (29), pode ter tido um longo estopim, que teria sido incendiado ainda nas eleições de 2018.
Informações divulgadas por Gabriel Vaquer e Kelly Miyashiro, no portal Uol, dizem que "a relação do jornalista com a Globo estava desgastada há alguns meses devido a comentários de Pinheiro a favor do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva" e que "dispensa do apresentador já era esperada nos bastidores".
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Após 32 anos, a Globo comunicou a saída de Pinheiro em um comunicado interno assinado por Ali Kamel, diretor-geral de Jornalismo, que afirma que "em comum acordo com a emissora, Chico decidiu deixar o dia a dia da vida de repórter, como ele faz questão de se definir" e que o jornalista "pretende se dar um sabático".
No entanto, a emissora pode ter se adiantado a um possível problema nas eleições deste ano.
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Em 2018, Kamel distribui um comunicado advertindo jornalistas da Globo a não se pronunciarem politicamente após um áudio vazado em que Chico Pinheiro se mostra indignado com a prisão de Lula.
"Realizaram o fetiche. O fetiche deles era Lula na cadeia. Não foi feito do jeito que eles queriam, mas o Lula foi. E agora? O que vão fazer agora? Como é que fica? Qual é o próximo passo? Que o Lula tenha calma e sabedoria, inspiração divina para ficar quieto onde ele está", diz o áudio atribuído ao jornalista.
Pinheiro ainda faz críticas à cobertura da GloboNews. Em resposta a um comentário de Cristiana Lôbo, que dissera que "sem Lula, PT precisa traçar novas estratégias”, o jornalista disse que “quem precisa criar novas estratégias são eles (os coxinhas). Vão fazer o que agora?”.