O ator Lázaro Ramos se emocionou ao lembrar do passado e das dificuldades enfrentadas pelos jovens negros, durante sua participação no programa Roda Viva desta segunda-feira (11).
“Muitos jovens não sabem que podem sonhar, que podem ter perspectivas para além daquilo que presenciam em suas casas ou em seus bairros. Aí a gente vai perdendo os jovens para… várias coisas que não são para juventude. Então, o estimulo a utopia, não chore não pois vou chorar também, é a meta”, diz.
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O ator também falou sobre a sua estreia como diretor do filme “Medida Provisória”, que retrata um Brasil governado por regime opressor que decide obrigar os cidadãos negros a voltarem para a África, como uma suposta reparação dos tempos da escravidão. O filme chega aos cinemas na próxima quinta-feira (14).
No entanto, ao saber da participação do artista no Roda Viva, os bolsonaristas Mario Frias e Sérgio Camargo iniciaram uma cruzada ofensiva contra o filme “Medida Provisória”, e o casal Lázaro Ramos e Thaís Araujo. Frias afirmou que “os dois artistas não fazem nada pelo país” e o ex-presidente da Fundação Palmares disse que a atriz é “mimizenta”.
Lázaro Ramos rebateu as declarações dos bolsonaristas. “Isso é campanha política que eles estão fazendo para chamar atenção em cima de nós que temos relevância, temos público. Isso vai tirar o foco dos problemas do governo. É uma cortina de fumaça, não tem nada a ver com a gente. É para as pessoas não debaterem sobre o preço da gasolina, dos alimentos, é para as pessoas não debaterem a crueldade e a falta de valor a vida que a pandemia foi tratada”, afirma.
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A bancada de entrevistadores contou com a participação de Edu Carvalho, colunista do UOL Ecoa; Alberto Pereira Jr., jornalista e head de produção e conteúdo da Trace Brasil; a jornalista do projeto “Nós, mulheres da periferia” Semayat Oliveira; Marina Caruso, editora-chefe da revista Ela, do Jornal O Globo e Cunha Jr., apresentador do Metrópolis, programa da TV Cultura.