O Brasil começa a voltar ao normal. Até mesmo a má vontade da Folha de S.Paulo com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parece ressurgir com força total. Em um editorial com o título de “Mau começo”, o jornalão paulistano resolveu atacar um governo que só toma posse no dia 1º de janeiro.
De acordo com o texto, “em apenas duas semanas desde o desfecho das eleições, Lula conseguiu derrubar grande parte das esperanças de que seu governo vá adotar uma política econômica racional e socialmente responsável”.
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As críticas do jornal giram todas em torno de recentes declarações de Lula sobre os limites do teto de gastos. Para a Folha, o presidente eleito posa como “único preocupado com a pobreza no país e ao resmungar contra a previsível reação negativa dos mercados financeiros”.
Demagogia rasteira
O texto diz ainda que “Lula abraçou a demagogia mais rasteira ao vociferar contra "a tal da responsabilidade fiscal”.
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Em uma série de alertas que parecem mais ter vindo de players do mercado, o jornal insiste que “responsabilidade fiscal é responsabilidade social. Se colocar em prática seu falatório, a sangria dos cofres do Tesouro não tardará a alimentar a inflação, que mal deixou o patamar de dois dígitos, os juros —já estratosféricos hoje— e a dívida pública”.
Ao final, a Folha lembra que “a pretendida PEC da gastança acabou adiada para a próxima semana, o que, na melhor hipótese, pode ser um sinal de recuo à sensatez. De mais certo, o que se tem até aqui é um mau começo”.
Em meio à virulência, o jornal só esqueceu de avisar um detalhe. O governo ainda não começou.