O respeitado jornal britânico The Guardian publicou uma reportagem, nesta segunda-feira (3), cujo título é: “Reconstruindo pontes: missão do ex-presidente para derrotar Bolsonaro no Brasil”.
O periódico destacou que Lula (PT) fará várias viagens internacionais para fortalecer relações e vencer Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais deste ano.
De acordo com a publicação, Lula “fará uma série de viagens ao exterior que, segundo aliados, visam reparar a reputação internacional do país sul-americano e denunciar a ameaça de Bolsonaro à jovem democracia brasileira”.
O texto mencionou, ainda, declaração do ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP): “O presidente Lula precisa viajar o mundo para reconstruir as pontes que foram destruídas pelo Bolsonaro e denunciar o grande risco que o Bolsonaro continua a representar para a democracia brasileira”.
Padilha declarou, também, que é essencial que Lula alerte o mundo sobre os receios de que Bolsonaro se recuse a reconhecer o resultado da eleição, assim como seu ídolo político, Donald Trump, fez nos Estados Unidos.
“Esta não é apenas uma batalha eleitoral comum. Vamos enfrentar um momento histórico em que um movimento neofascista no Brasil liderado por Bolsonaro deve ser derrotado”, destacou Padilha.
A primeira viagem de Lula este ano deve ser ao México. Ele se encontrará com o presidente Manuel López Obrador. O petista também deve ir a Estados Unidos, China e Rússia, ainda no primeiro semestre de 2022. Viagens à Itália, Portugal e Reino Unido também estão na pauta, segundo a reportagem.
Alta da inflação e devastadora crise da Covid fazem Bolsonaro despencar
The Guardian também destacou que “faltando menos de um ano para a eleição, Lula parece prestes a derrotar Bolsonaro, cujas avaliações despencaram em meio à alta da inflação e à devastadora crise da Covid que matou mais de 615 mil pessoas e destruiu a economia. Uma pesquisa recente deu a Lula uma vantagem de 27 pontos sobre Bolsonaro e sugeriu que ele estava perto de uma vitória no primeiro turno”.
O jornal ainda abordou a divisão da direita brasileira, com a candidatura do ex-juiz Sergio Moro (Podemos), declarado parcial e suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos processos contra Lula na Lava Jato.