Comentário de Camarotti sobre Aras choca defensor público: "Meu Deus"

Gustavo de Almeida Ribeiro foi às redes criticar a abordagem usada pelo apresentador

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O defensor público Gustavo de Almeida Ribeiro usou as redes sociais nesta segunda-feira (16) para criticar a abordagem dada pelo jornalista Gerson Camarotti, da GloboNews, à atuação de Augusto Aras à frente da Procuradoria-Geral da República.

Camarotti disse que Aras seria "garantista". O termo, que se refere à doutrina do garantismo penal - que prevê a máxima proteção do acusado -, muitas vezes é distorcido pela grande mídia e usado apenas como "xingamento", sem ter nada a ver com seu real significado. Esse foi um dos casos.

Almeida Ribeiro, que atua como representante da Defensoria Pública no Supremo Tribunal Federal (STF), condenou a classificação dada à Aras. "Acabei de ouvir o Gerson Camarotti falar que o PGR Augusto Aras tem perfil garantista. Meu Deus. Ele e os designados dele recorrem de quase todas as concessões em favor dos assistidos da Defensoria", escreveu no Twitter.

"Eu sei que para algumas pessoas, o que acontece nos processos dos pobres, embora majoritários em termos quantitativos, não importa. Para mim, importam, assim, afirmo: a PGR atual é a mais severa, em se tratando dos casos de pobres nos meus 14 anos de atuação no STF", declarou.

Augusto Aras sob pressão

Aras não está em seus melhores dias à frente da PGR. Após 13 dias de silêncio, o procurador foi alvo de cobrança da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (16). A magistrada deu 24h para o PGR se manifestar sobre processo movido pelo PT contra o presidente Jair Bolsonaro.

“Os fatos narrados nestes autos são graves, de interesse exponencial da República. O manifesto interesse público e superior da nação impõem a observância de prioridade no andamento processual do caso”, disse a ministra em despacho obtido pelo O Globo.

Na notícia-crime, os deputados petistas apontam suposta prática de improbidade, crime eleitoral e abuso de poder econômico e político por parte de Bolsonaro.

Além disso, um grupo de subprocuradores-gerais aposentados – que inclui o ex-PGR Cláudio Fonteles – acionou o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra Aras. O documento o acusa de possível prevaricação com o objetivo de proteger Bolsonaro.

https://twitter.com/gustalmribeiro/status/1427384360462954498