Jornal Nacional destaca que demora de Bolsonaro em fechar contrato com Butantan impactou vacinação

"O Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a começar a vacinação", disse Dimas Covas à CPI do Genocídio

Reprodução/TV Globo
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O Jornal Nacional desta quinta-feira (27) deu destaque às doses de vacina Coronavac que o Brasil poderia ter recebido ainda em 2020 caso o governo do presidente Jair Bolsonaro tivesse fechado acordo com o Instituto Butantan naquele ano. A compra só foi formalizada em janeiro de 2021.

"O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas disse que, se não fosse a demora do Governo Federal, o Brasil poderia ter começado a vacinação já no ano passado", disse o apresentador William Bonner na abertura da reportagem sobre o depoimento de Covas à CPI do Genocídio.

"Ao logo de quase sete horas, Dimas Covas repetiu em vários momentos que a postura do Governo Federal interferiu negativamente no ritmo da vacinação", relatou Renata Vasconcellos.

Durante a sessão, o diretor revelou que o Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a começar a vacinação, que Bolsonaro travou a compra de doses e que o país perdeu 60 milhões de doses que seriam enviadas pela China até dezembro de 2020. Essas doses poderiam ter salvo entre 167 mil 250 mil brasileiros, segundo levantamentos.

O Jornal Nacional exibiu os documentos levados por Covas à comissão que mostram as ofertas recusadas pelo governo Bolsonaro, que mostravam a possibilidade de disponibilização de 60 milhões ou 45 milhões já em dezembro de 2020.

"O Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a começar a vacinação, não fosse os percalços que tivemos que enfrentar durante esse período, tanto do contrato como do ponto de vista regulatório”, disse o diretor à CPI. "A não aceitação da primeira oferta significa 60 milhões a menos até dezembro de 2020", afirmou.

O telejornal mostrou ainda vídeos com ataques do presidente à CoronaVac.

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