Jornal Nacional faz matéria de 21 minutos e destaca mentiras da “Capitã Cloroquina” na CPI

Telejornal da Rede Globo mostrou como Mayra Pinheiro, em seu depoimento, mentiu e confrontou o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello

Foto: Reprodução/TV GloboCréditos: Reprodução/GloboPlay
Escrito en MÍDIA el

O Jornal Nacional destacou, em sua edição desta terça-feira (25), o depoimento da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, na CPI do Genocídio.

Em uma ampla reportagem com 21 minutos de duração, o telejornal da Rede Globo deu ênfase às contradições da “Capitã Cloroquina”, como é conhecida, especialmente ao fato de ela ter desmentido o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

No depoimento, ela disse que Pazuello soube da escassez de oxigênio em Manaus em 8 de janeiro de 2021. À comissão, na semana passada, o ex-ministro relatou que apenas teve conhecimento da situação na noite do dia 10 de janeiro.

“Eu estive em Manaus até o dia 5 de janeiro. O ministro teve conhecimento do desabastecimento de oxigênio em Manaus creio que no dia 8 e ele me perguntou: ‘Mayra, por que você não relatou nenhum problema de escassez de oxigênio?’”, afirmou a secretária, que teria respondido que desconhecia o problema.

Em janeiro deste ano, o número de internações por Covid disparou na capital amazonense, as unidades de saúde ficaram superlotadas e pacientes morreram por falta de oxigênio.

O telejornal da Rede Globo também mostrou que, em seu depoimento, Mayra defendeu, por diversas vezes, o uso da cloroquina e admitiu que o Ministério da Saúde orientou o uso do medicamento no combate ao coronavírus.

O JN enfatizou que a cloroquina, usada em casos de malária, já teve a ineficácia cientificamente comprovada no tratamento da Covid. Entidades médicas, entre as quais a Organização Mundial da Saúde (OMS), desaconselham a adoção do medicamento.

Mayra Pinheiro, que é pediatra, fez críticas à OMS, dizendo que, apesar de o Brasil ser signatário da entidade, o país é independente e tem autonomia para agir como achar melhor.

TrateCov

O Jornal Nacional destacou, também, outra controvérsia de Mayra em relação ao depoimento de Pazuello no que se refere ao aplicativo TrateCov, plataforma virtual do governo que indicava o tratamento precoce para pacientes após eles informarem os sintomas, sem, sequer, precisar do exame de confirmação da doença.

Pazuello havia dito que Mayra tinha sido a responsável pelo desenvolvimento do aplicativo. Afirmou, ainda, que a plataforma não chegou a ser lançada oficialmente e que um hacker havia “roubado” o TrateCov e colocado uma versão incompleta na rede.

A secretária, novamente, desmentiu o ex-ministro. Ela negou a autoria do aplicativo e afirmou que foram os técnicos da secretaria que o desenvolveram. Destacou, ainda, que não houve ataque hacker nem modificação da plataforma.

As 11 mentiras

O telejornal também ressaltou o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que antes mesmo do término do depoimento de Mayra divulgou uma lista com 11 mentiras ditas por ela durante os questionamentos dos senadores.

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar