Em reportagem nesta semana, a revista The Economist, uma das principais mídias neoliberais no mundo, destruiu Jair Bolsonaro (Sem Partido), afirmando que "a má gestão do covid-19 pelo Brasil ameaça o mundo". "Jair Bolsonaro tem muito a responder", enquadra a publicação cultuada pelo sistema financeiro e grandes players das transnacionais.
Citando como exemplo a morte do senador Major Olímpio - que administrou a campanha de Bolsonaro em São Paulo e foi o terceiro senador a morrer de Covid-19 -, a revista enfatiza a variante do novo coronavírus, chamada P.1, "que provavelmente nasceu na cidade amazônica de Manaus".
"Mais contagiante que o original e capaz de reinfectar pessoas que já tiveram covid-19, P.1 alarma não só o Brasil, mas o resto do mundo. Foi detectada em 33 países", diz a reportagem.
A publicação reproduz a declaração de Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), que disse que "se o Brasil não for sério, continuará afetando todos os vizinhos e outros países”, mas ressalta que "seriedade, assim como bloqueadores musculares [sedativos para intubação], estão em falta".
"Bolsonaro apregoou curas charlatanescas, protestou contra bloqueios e tentou impedir a publicação de dados. Ele acaba de se despedir do terceiro ministro da saúde (um general do exército) desde o início da pandemia. As vacinas não são para mim, afirmou Bolsonaro. Seu governo demorou a encomendá-los, embora fabricantes como Pfizer e Janssen os tivessem testado no Brasil", lista.
"Em 23 de março, quando o número de mortos diários atingiu o recorde de 3.158, Bolsonaro foi à televisão para se gabar do progresso da vacinação no Brasil. No entanto, enquanto o distanciamento social for necessário, o presidente continuará sendo uma ameaça à saúde dos brasileiros. Ele entrou com ações no Supremo Tribunal Federal contra três estados, incluindo a Bahia, que tornaram os bloqueios internos mais rígidos. Suas ações são ruins para o Brasil - e para o mundo", finaliza a reportagem.
Leia na íntegra (em inglês)