A possibilidade do ex-tucano Geraldo Alckmin compor como vice a chapa de Lula (PT) tem causado tilt e provocado muita mágoa nos "analistas" da mídia liberal, sempre simpáticos ao ex-governador paulista quando orbitava as hostes do "príncipe" Fernando Henrique Cardoso no PSDB.
Nesta quinta-feira (23), foi a vez de Merval Pereira, porta-voz político da família Marinho, destilar seu pote de mágoas em artigo no jornal O Globo.
"Mas qual é a garantia de que Alckmin representará o grupo político que o apoiava? Qual será o papel dele num governo petista?", indaga um inconsolável Merval em seu texto, expondo as feridas do abandono do ex-tucano.
O colunista da Globo tenta buscar justificativa no passado, quando os candidatos à Presidência buscaram compor a chapa com alguém que pudesse expandir e tira da cartola, como sempre FHC e "a união de PSDB com o PFL, considerada um escândalo à época".
"Formou-se um governo de coalizão que deu ao Plano Real um apoio parlamentar que não haveria se o PSDB não tivesse a visão de futuro que possibilitou a sustentação às medidas necessárias para sua implementação e consolidação", escreve um saudosista Merval.
Como sempre, o colunista da Globo busca subterfúgios para desfiar seu rosário de lágrimas contra Lula e o PT e tentar fazer com o que Alckmin desista da negociação.
"O abraço apertado que o ex-tucano deu em Lula no jantar do grupo de advogados que se revelaram militantes do ex-presidente, e não defensores do “devido processo legal”, é um triste retrato da submissão do ex-candidato do PSDB à Presidência da República àquele que já chamou de ladrão", escreve um magoado Merval.