Não é só o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que está precisando tomar Lexotan para acalmar os nervos diante do derretimento de Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas.
Principal porta-voz do bolsonarismo, a Jovem Pan vive um clima de caça às bruxas ao menor sinal de declarações que contrariem as teorias da conspiração criadas e propagadas pelos próprios jornalistas.
Nesta terça-feira (14), minutos após a divulgação da pesquisa Ipec que mostra vitória de Lula no primeiro turno das eleições em 2022, Guilherme Fiuza, queridinho do clã Bolsonaro, atacou o veterano José Maria Trindade, que havia dito que há investigação sobre supostos casos de pessoas que morreram após tomarem a vacina.
"Não seja leviano… eu trouxe… eu conheço as famílias. Isso estão checados esses dados (SIC). Eles não estão em investigação. Você saiba disso", disse Fiúza, trêmulo, diante de um consternado Zé Maria, que não sabia o que fazer.
"Se estão, estão em investigação sigilosa, até mesmo dos familiares", segue Fiuza, ouvindo de Zé Maria: "pois saiba que estão".
"Todos os casos adversos são comunicados. Os casos adversos da vacina pode ser a simples reação alérgica à vacina… pode ser uma dor de cabeça", diz Trindade.
O bate-boca dos apresentadores se deu para defender a posição antivax de Jair Bolsonaro, que no sábado (11) disse que sabia de casos graves de internação por reação à vacina.
Como exemplo, Bolsonaro citou o caso do deputado Hélio Lopes (PSL-RJ), seu fiel escudeiro, que estaria internado com embolia pulmonar por reação à vacina.
Dois dias depois, no entanto, o deputado veio a público confirmar a internação pela doença, mas desmentiu Bolsonaro, dizendo que as causas da embolia ainda estavam sendo investigadas pelos médicos.