A Associação Brasileira de Mídia Digital (ABMD) divulgou uma nota, nesta sexta-feira (22), em solidariedade ao jornalista Joaquim de Carvalho, do Brasil 247 e da TV 247. O profissional denunciou que está sendo ameaçado por Allan Gustavo Lucena do Norte, pessoa ligada a Jair Renan Bolsonaro.
“Fui ameaçado e, se algo acontecer a mim ou alguém da minha família, a responsabilidade deve ser atribuída a Allan Gustavo Lucena do Norte, que foi investigado no caso que envolve a suspeita de lobby juntamente com Jair Renan Bolsonaro”, tuitou Carvalho.
O jornalista trabalha na produção do documentário “A máquina de fakeadas da extrema direita”. Ele disse: “No documentário que estou realizando sobre a máquina de fake news e o caso Adélio-Bolsonaro apuro o envolvimento do agente da Polícia Federal Luís Felipe Barros Félix num caso de arapongagem em Brasília que teve Allan Gustavo Lucena do Norte como alvo”.
A nota, assinada pelo presidente da entidade, o jornalista Florestan Fernandes Jr., cobra investigação policial e proteção judicial para Carvalho e sua família.
Veja a íntegra da nota:
A Associação Brasileira de Mídia Digital solidariza-se com o jornalista Joaquim de Carvalho, do portal Brasil 247, e com a família dele. Profissional de rara competência, Carvalho apura há semanas reportagens especiais sobre produção de mentiras em escala industrial pelas falanges comandadas a partir do grupo político do bolsonarismo e de seus braços operacionais na mídia e nas redes sociais.
Pessoas que atuaram como seguranças formais e informais do atual presidente da República e de seu filho Jair Renan durante a campanha de 2018 passaram a ameaçar o jornalista e a família dele em razão das apurações jornalísticas.
Já foram solicitadas investigação policial e proteção judicial para Joaquim de Carvalho e seus parentes. A ABMD coloca-se à disposição do jornalista e do Brasil 247 para quaisquer ações que se façam necessárias a fim de proteger a vida do profissional e de seus familiares e a liberdade de imprensa.
Nunca é demais lembrar que o Brasil é considerado zona de risco para a imprensa livre pela organização Human Rights Watch, tendo passado a frequentar essa vergonhosa lista de Nações que não prezam pela vida de jornalistas independentes desde a ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência.