No primeiro editorial de 2021, publicado nesta sexta-feira (1º), o jornal O Estado de São Paulo faz uma contagem regressiva para o final do governo Jair Bolsonaro: ainda faltam 17,5 mil horas, como diz o título do texto. Esse tempo, na avaliação do jornalão, é uma “eternidade, considerando-se que se trata do pior governo da história nacional”.
O Estadão segue em sua perspectiva: “Se os dois primeiros anos da gestão de Bolsonaro servem de parâmetro para o que nos aguarda na segunda parte do mandato, o Brasil nada pode esperar senão mais obscurantismo, truculência e incapacidade administrativa, pois essa é a natureza de um governo cujo presidente não se elegeu para governar, e sim para destruir”.
As palavras dão impressão de que o jornal não conhecia o perfil de Bolsonaro nem suas inúmeras declarações obscurantistas e truculentas mesmo antes da campanha em 2018.
Naquele ano, aliás, um editorial do Estadão ficou famoso por considerar uma “escolha difícil” em quem votar no segundo turno das eleições presidenciais: Jair Bolsonaro, então no PSL, ou Fernando Haddad (PT).
Os internautas não esquecem desse texto. Ele foi muito lembrado na hora em que comentaram o editorial deste 1º de janeiro nas redes sociais.
E cobraram uma autocrítica – aquela mesma, que tanto a mídia tradicional alega que o PT deveria fazer - por aquele editorial.
Para outro internauta, o jornal parece ter passado por um “choque de realidade”.
O apoio ao atual presidente não passou em branco nos comentários também.