Em penúltimo lugar na audiência, com pico de 0,6 pontos e média de 0,2 no Ibope - mesmo com a presença de Sikêra Jr. -, Luis Ernesto Lacombe estreou o programa Opinião No Ar nesta segunda-feira (28) na Rede TV interrompendo a colega de bancada, a jornalista Amanda Klein, para defender a gestão de Jair Bolsonaro na pandemia.
O ato machista é classificado como mansplaining e manterrupting e acontece quando um homem interrompe uma mulher falando e passa a explicar o que ela estava tentando dizer.
A agressão ocorreu quando Lacombe defendia Bolsonaro e atacava - sem citar o nome - o biólogo Átila Iamarino, que chegou a prever 1 milhão de mortos pela Covid-19 no Brasil, caso nenhuma medida de proteção fosse tomada pelo governo.
"Desde que o discurso fosse de terror, fosse ruim… A gente lembra aí o biólogo que fez uma previsão de um milhão de mortos no Brasil até agosto", diz Lacombe.
Amanda Klein, então, explicou que "isso era se nada fosse feito para mitigar os efeitos da pandemia, né?". Lacombe segue falando, ignorando a colega de bancada: "Usando como base o Imperial College…"
Diante da insistência da jornalista - que diz que a universidade londrina "é uma instituição respeitada" -, Lacombe se volta para ela e a interrompe.
"Respeitada que errou na gripe suína, na gripe aviária, [inaudível], na H1N1, errou em todas as previsões", diz Lacombe, corroborado pelo colega de bancada, o ex-Jovem Pan, Silvio Navarro: "Errou tudo".
"E esse biólogo virou garoto-propaganda contra fake news do TSE", segue Lacombe, ignorando a jornalista.