Mais um: CNN afasta advogado que debate com Caio Coppolla pelo uso do termo "genocida" contra Bolsonaro

"Não é o exército que é genocida, é o presidente, politicamente falando", disse Marcelo Feller ao comentar sobre declaração de Gilmar Mendes

Reprodução/CNN Brasil
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A CNN Brasil afastou, nesta quinta-feira (16), o advogado Marcelo Feller do programa O Grande Debate. Ao defender o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, Feller disse que o presidente é responsável por um assassinato em massa por omissão.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a decisão da emissora de afastar o profissional veio após críticas do governo Bolsonaro às declarações do comentarista sobre as mortes provocadas pela pandemia do novo coronavírus.

Feller comentou sobre a declaração de Gilmar Mendes de que o Exército estaria se associando a um "genocídio" ao ocupar o Ministério da Saúde e citou dados de pesquisa estatística da Universidade de Cambridge com a FGV que liga comportamento de Bolsonaro a 10% das mortes provocadas durante a pandemia.

"É errado juridicamente falar em genocídio? Sim. Mas social e politicamente, como chamar alguém que é diretamente responsável por pelo menos 7 mil mortes. Não sou eu que estou falando. É o estudo da Universidade de Cambridge e da FGV. Não é o exército que é genocida, é o presidente, politicamente falando", declarou o advogado.

Questionado pelo comentarista Caio Coppolla se ele estaria acusando Bolsonaro de assassinato por omissão, o Feller disse que Bolsonaro foi "absolutamente omisso".

No mesmo debate, realizado na segunda-feira (13), Coppola questionou se os pesquisadores “entrevistaram os mortos” para saber se houve influência do presidente.

Feller assumiu o Grande Debate após a saída de Augusto Botelho.

Assista:

https://www.youtube.com/watch?v=XHvLA_6qw_g