Teremos muitas pessoas pretas, suburbanas, periféricas, mortas, diz apresentador da Globo

Érico Brás, que apresenta, ao lado de Fabiana Karla e Fernanda Gentil o Programa Se Joga, na Globo, projeta que o coronavírus pode provocar uma "avassaladora" mortandade de negros pelo mundo

Érico Brás (Reprodução)
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Nascido no bairro do Curuzu, na periferia de Salvador, o ator Érico Brás, que apresenta, ao lado de Fabiana Karla e Fernanda Gentil, o Programa Se Joga na Globo, projeta que o coronavírus pode provocar uma "avassaladora" mortandade de negros que vivem em comunidades sem assistência pelo mundo.

"As periferias do mundo inteiro não estão preparadas para isso. Não devemos romantizar. Acho que as pessoas vão ser acometidas de uma grande e avassaladora letalidade. Grande parte da população que não tem, a priori, educação em relação aos cuidados de higiene. O próprio Estado, que está acima dessas pessoas, não está preparado. Nós teremos aí uma quantidade significativa de pessoas pretas, suburbanas, periféricas, mortas", disse em entrevista à Sônia Racy, na edição desta segunda-feira (13) do jornal O Estado de S.Paulo.

Érico Brás se diz preocupado também com o que virá depois da pandemia. "O que me parece é que vem uma recessão mundial. De modo especial no Brasil, em que grande parte da população negra, por exemplo, trabalha na rua, são trabalhadores informais. Me preocupa muito como a gente vai lidar com essa economia depois dessa pandemia. O pequeno empresário também vai sofrer muito. As pessoas vão recuar na hora de gastar, outros vão demitir", afirmou.