The Economist: "Imprudência de Bolsonaro com coronavírus voltará para assombrá-lo"

Revista britânica avalia que discurso do presidente sobre coronavírus faz com que ele fique cada vez mais isolado e enfraquecido no governo

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Escrito en MÍDIA el

A revista britânica neoliberal The Economist voltou a atacar o presidente Jair Bolsonaro neste sábado (11). A publicação mais uma vez criticou a "imprudência" do presidente brasileiro com relação ao coronavírus e disse que, como consequência, o ex-capitão será cada vez mais isolado e enfraquecido.

"O enfraquecimento de Jair Bolsonaro dos esforços de seu próprio governo para conter o vírus pode marcar o início do fim de sua presidência", diz trecho da reportagem.

O texto continua, dizendo que Bolsonaro está sabotando a saúde pública ao minimizar a doença. "Nos 15 meses desde que ele se tornou presidente, os brasileiros se acostumaram à sua bravata e ignorância em questões que vão desde a conservação da floresta amazônica até educação e policiamento. Mas desta vez, o dano é imediato e óbvio: Bolsonaro associou a retórica desafiadora à sabotagem ativa da saúde pública", afirma.

Em seguida, a revista diz que o presidente está isolado em seu governo e é tratado como um "parente difícil que mostra sinais de insanidade". O veículo também destaca ascensão da popularidade do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta

"Grande parte do governo o trata como um parente difícil que mostra sinais de insanidade. Os principais ministros, incluindo o grupo de generais no gabinete, bem como os oradores das duas casas do Congresso, deram apoio às vezes ostensivo a Mandetta, que tem o público ao seu lado", diz o texto.