Merval Pereira compara Bolsonaro a Hitler, Mussolini e Costa e Silva

O jornalista foi parar nos TTs ao dizer que “nunca houve, no entanto, presidente algum que tenha levado a cabo com tanto entusiasmo a degradação da função presidencial”

Carioca e Bolsonaro - Foto: Reprodução
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O jornalista Merval Pereira foi parar entre os assuntos mais comentados do Twitter, nesta sexta-feira (6) ao comparar o presidente Jair Bolsonaro a Hitler e Mussolini. Merval critica, em seu artigo, publicado em O Globo, o episódio em que Bolsonaro levou o humorista Carioca para a porta do Palácio da Alvorada fantasiado como presidente.

“Apalhaçado também é Trump, assim como foram Hitler e Mussolini, em comum todos de extrema-direita chegados ao poder em momentos críticos da vida de seus países e do mundo”, escreveu Merval.

O jornalista lembra ainda o cômico italiano Beppe Grillo, youtuber e blogueiro, “que criou um partido político de extrema-direita com influência importante na política italiana, é o que há de mais próximo de Bolsonaro na política internacional. Não por ser de extrema-direita, mas por ser palhaço”, afirma.

Merval lembra que Bolsonaro brincou com o resultado do PIB, ao perguntar ao humorista Márvio Lúcio, conhecido como Carioca: "PIB? O que é PIB? Pergunta para eles (jornalistas) o que é PIB",   

De acordo com o colunista, “brincar com o crescimento pífio do PIB brasileiro é brincar com a taxa de desemprego, é menosprezar as consequências no cotidiano do cidadão de baixa renda ou sem renda. Bolsonaro, de tão tosco, deixa pistas sobre suas impropriedades, e até mesmo suas ilegalidades, pelo caminho”.

O texto compara ainda Bolsonaro ao ex-ditador, Costa e Silva, “que retrucou a explicação de que as críticas jornalísticas eram ‘construtivas’ também com sinceridade: ‘Prefiro elogios construtivos’”.

Ao final, Merval afirma que “nunca houve, no entanto, presidente algum que tenha levado a cabo com tanto entusiasmo a degradação da função presidencial, querendo adaptar os usos e os costumes republicanos ao seu modo de vida à margem das instituições, utilizando-se delas para tentar destruí-las”.