Bocardi cita fotos com crianças angolanas no perfil do Twitter pra "provar" que não foi racista

Enquanto o apresentador se defende, o atleta Leonel Diaz foi proibido de dar entrevistas

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O apresentador Rodrigo Bocardi, que teve racismo apontado após fazer um comentário ao vivo Bom Dia São Paulo nesta sexta-feira (7) perguntando se o atleta de polo aquático Leonel Diaz era catador de bolinhas, tentou usar uma foto em que aparece ao lado de crianças de Angola para dizer que não é racista. Questionado por aparecer em foto de perfil ao lado de crianças negras enquanto reproduzia racismo na televisão, o jornalista se esquivou e disse que usa mesma imagem desde que criou a conta, como se isso abonasse sua responsabilidade. "Apenas complementando... a foto do meu perfil neste Twitter está aí desde a criação da conta, nunca foi trocada, e foi tirada em 2003 - período que morei em Angola! Obrigado", declarou. A mensagem veio logo após Bocardi fazer "pedido de desculpas" nas redes sociais dizendo ter confundido a camiseta de Leonel, que para ele seria igual a de pegadores de bolinha. A roupa usada por Leonel, no entanto, é diferente da usada pelos garotos, feita em um azul mais escuro e com as mangas pretas. Segundo o jornalista Demétrio Vecchioli, do blog Olhar Olímpico, o Clube Pinheiros proibiu Diaz, de dar entrevistas sobre o caso. O clube é visto como um dos mais tradicionais de São Paulo. Um título de sócio desistente através de uma transferência de titularidade, no Pinheiros, pode custar até R$ 70 mil, além de ter que pagar uma mensalidade de R$ 420. Leonel Diaz nasceu em Cuba e é sobrinho de um dos ícones do polo aquático no país, o também cubano Barbaro Diaz. O garoto comemorou 18 anos nesta quinta-feira e exatos sete anos morando no Brasil, mesmo período que atua no Esporte Clube Pinheiros. [caption id="attachment_206139" align="aligncenter" width="400"] Reprodução/Twitter[/caption] https://twitter.com/rodrigobocardi/status/1225780464394342401