O articulista da Folha Jânio de Freitas comentou em seu artigo deste domingo (11), as declarações da semana dos generais Hamilton Mourão e Eduardo Pazuello, vice de Bolsonaro e ministro da Saúde. Para ele, “os dois prestaram serviço muito apropriado à sociedade em geral, e à imprensa em particular, com suas mais recentes revelações”.
Mourão declarou que o coronel Brilhante Ustra, primeiro militar condenado pela Justiça Brasileira pela prática de tortura durante a ditadura, “foi um homem de honra e um homem que respeitava os direitos humanos de seus subordinados”.
Para o jornalista, o elogio a Ustra foi como Mourão dizendo-nos: Não se iludam. Nunca ouviram falar em pensamento único? É o nosso no Exército. Como vocês diziam ‘somos todos Marielle’, nós podemos dizer ‘somos todos Ustra’. E é assim que estamos aqui, para nossos objetivos, não para os de vocês”.
Já sobre o general Pazuello, Jânio de Freitas diz que ele “fez um complemento ao que comunicou quando interino na Saúde: Eu não entendo nada disso aqui’. Agora reconhece que, ‘até esse [aquele] momento da vida, desconhecia o que era SUS’. A frase mostra tanto do próprio Pazuello quanto de quem o nomeou e dos generais que sugeriram ou apoiaram a nomeação. Iguais todos, iguais no pensamento e sobretudo na falta de, como Mourão levou a entender”, disse.