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O jornalista Diego Escotesguy, que já passou pela Época e Veja, conhecido por matérias duvidosas (veja detalhes abaixo), está sendo criticado nas redes neste sábado (7), por demitir, sem maiores explicações, do site Vortex Mídia, 11 jornalistas em São Paulo.
Os profissionais dizem que foram seduzidos a trabalhar no projeto com garantias que nunca foram cumpridas, como plano médico e garantia de 3 anos de financiamento.
O editor Sérgio Spagnuolo afirma pelo Twitter que ajudou a montar o site e sequer recebeu um telefonema de Escotesguy. “Entrei no projeto em maio, larguei minha empresa e uma bolsa de consultoria com boa remuneração”.
Ele diz ainda que “das 11 pessoas de São Paulo demitidas, eu contratei, indiquei ou recomendei 9 delas. Minha equipe de dados, maravilhosa, estava toda empregada CLT antes, e veio na promessa 3 anos de financiamento garantido, sem demissões”.
Após uma longa sequência de tuítes, que podem ser lidos abaixo, o próprio Escotesguy entrou na conversa: “É seu direito reclamar em público, claro. Você, assim como as pessoas que não têm mais trabalho, tem todo o direito de estar insatisfeito, irritado, revoltado - o que for. Mas não tem direito a distorcer o que aconteceu”.
A seguir, ele explica que foi fechado o escritório em São Paulo e, “infelizmente, tivemos que extinguir a equipe de dados. A equipe de marketing também foi severamente diminuída. Preservamos - e pretendemos preservar - quase toda a equipe editorial em Brasília”.
Jornalista polêmico Nos últimos anos, Escosteguy se envolveu em várias situações polêmicas em termos jornalísticos. Ainda em 2015, a revista Época, então chefiada pelo jornalista, publicou uma matéria difamando o ex-presidente Lula com informações requentadas de uma revista rival. Já em 2017, o jornalista usou de informações vazadas pelo juiz federal Sérgio Moro para noticiar a condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães em processo contra o ex-presidente Lula. Em março de 2016, no caso mais famoso envolvendo Escosteguy, o jornalista usou o Twitter para sinalizar que Lula também seria conduzido coercitivamente pela Polícia Federal. A atitude revoltou muitos internautas à ocasião. Em setembro de 2010, o Blog do Rovai publicou texto onde lembra que o repórter, em uma suposta denúncia de corrupção, dizia que o acusado retirou de uma gaveta um envelope pardo. “Dentro, 200 mil reais em dinheiro vivo – um ‘presentinho’ da turma responsável pela usina de corrupção que operava no coração do governo Lula”. “Pergunto aos repórteres da Veja, qual o tamanho do envelope pardo em que foram colocados os duzentos mil reais?”, encerra Rovai. O currículo com que Escosteguy se apresenta no site, onde se diz um "jornalista necessário para o século XXI", vale a leitura: Diego Escosteguy – Diretor-geral e fundador Tem 37 anos e a identidade sempre no bolso para provar isso. Leituras excessivas mexeram com seus miolos na adolescência, remetendo-o aos moinhos de vento do jornalismo político aos 18. O que lhe faltava em juízo sobrava-lhe em certezas. Quase duas décadas consagradas ao ofício não lhe restituíram a razão. Felizmente, subtraíram-no de muito do que julgava saber. Das poucas convicções que sobreviveram às intempéries dos anos nasceu a visão de um jornalismo necessário para o século XXI. Confia nos leitores do VORTEX para mostrar que sonhos nem sempre são delírios.Sexta-feira, dia 6/12, 11 jornalistas em SP foram demitidos do Vortex, uma nova "promessa" do jornalismo brasileiro. O dono, Diego Escosteguy, sequer se dignificou a me telefonar. Entrei no projeto em maio, larguei minha empresa e uma bolsa de consultoria com boa remuneração.
— Sérgio Spagnuolo (@sergiospagnuolo) December 7, 2019