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Eu teria rido a cântaros no lugar da apresentadora Maju Coutinho ao encerrar matéria sobre o ator e diretor Jorge Fernando. Você, caro leitor, no lugar dela também. Não por escárnio muito menos de satisfação, mas sim pelo mais puro e carinhoso reconhecimento tanto à vida quanto à obra dele.
Tenho a impressão, e isso só posso apostar e nunca afirmar, é que o próprio riria conosco. Com a Maju, comigo e com qualquer um de nós. Faria piadas e caretas com a sua própria partida, tão doída para nós todos, neste momento carente de inteligência e bom-humor. Sim, dois atributos que sempre sobraram em sua trajetória.
Dizem os que o conheceram de perto que era também muito generoso. Conseguiu viver e conviver neste meio de artistas e TV sem puxar tapetes, esculhambar, maltratar, maldizer e invejar ninguém. Muito ao contrário, comentam, era daqueles que gostava de ajudar, apoiar e jogar todos para a frente, para cima.
A matéria fecha, como se pode ver no vídeo, com o Jorginho, como era conhecido, fazendo das suas, com uma exibição deliciosa de caretas e histrionismo, gracejos que construíram sua carreira e o tornaram tão querido de todos. Maju, quando recebe a câmera de volta, sorri de maneira fraterna e contida, transbordando de respeito e afeto pelo objeto de sua matéria. Ela é, assim como muitos de nós, feita de carne e osso, saúde e alegria. Tem talento e percepção para traduzir entre todos o que fala. Tem sido vítima de inveja e racismo, rancor e perseguição. Tudo isto é um forte sinal de que o seu trabalho tem sido cumprido cada vez mais e melhor.A @majucoutinho foi criticada por sorrir ao final da matéria sobre a morte de Jorge Fernando, que termina com o diretor fazendo caretas. Maju reagiu como qualquer pessoa reagiria a uma careta, ainda mais um artista especializado em fazer rir. Se isso não for perseguição, o que é? pic.twitter.com/dUhtwY77hH
— Paulo Pacheco (@ppacheco1) October 29, 2019