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Vários pontos do texto da jornalista da Globo levantam dúvidas. Como alguém pode ser escrachado por 2 horas num voo comercial sem que nenhum comissário ou o comandante faça nada? Como num voo lotado ninguém pega um celular e grava a cena?
Por Redação
Podem ainda aparecer vídeos ou relatos que comprovem a versão da jornalista Míriam Leitão, de que sofreu escracho por duas horas num voo da Avianca, no dia 3 de junho, feito por "militantes do PT. Mas há diversos pontos de sua narrativa difíceis de entender.
Por exemplo, ela começa seu artigo dizendo:
"Sofri um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT dentro de um voo. Foram duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem contra mim e contra a TV Globo."
Quem já esteve num voo comercial lotado sabe que o mínimo movimento fora dos padrões vem um comissário de bordo para "enquadrar" quem se levanta ou faz qualquer barulho anormal. Nos casos mais graves, o comandante vem falar pessoalmente e quem fez algo indevido é preso ao chegar ao aeroporto. Não há nenhum relato até agora de que isso tenha ocorrido. Ao contrário, o advogado Rodrigo Montego, que estava no mesmo voo da Avianca que Míriam Leitão, desmentiu em entrevista à Fórum o que a jornalista afirma. Segundo ele houve apenas grito de palavras de ordem na decolagem e na aterrissagem do avião contra a Globo. E que ninguém, em nenhum momento, se dirigiu à jornalista diretamente.
Miríam também diz:
"Não vi ninguém da Polícia Federal. Se esteve lá, ficou na porta do avião e não andou pelo corredor, não chegou até a minha cadeira."
Há pelo menos dois relatos, de Mondego e da professora da Universidade Federal Fluminense, Lucia Capanema, de que policiais federais entraram no avião e foram até o fundo perguntar quem era o líder das manifestações que ocorriam. Ok, Míriam poderia ter entrado depois e não visto, mas ela mesmo diz.
"Fui uma das primeiras a entrar no avião e me sentei na 15C. Logo depois eles entraram e começaram as hostilidades antes mesmo de sentarem.
Leia aqui. A jornalista também foi desmentida pela professora de urbanismo Lucia Capanema
E como, num voo com cerca de 200 pessoas, ninguém pegou um celular e filmou as agressões que a jornalista diz ter sofrido? Entre outras, essa questão levou o jornalista Luis Nassif a escrever o artigo "A bolinha de papel de Mirian Leitão, em que compara o atual episódio ao atentado que teria sofrido José Serra na eleição presidencial de 2010, e que foi mostrado com destaque pelo Jornal Nacional, da Rede Globo. Depois ficou provado, em imagens do SBT, que Serra foi atingido apenas por uma bolinha de papel.