Advogado que estava no mesmo voo de Míriam Leitão diz que ela mente em vários pontos de seu texto

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O coordenador da setorial de Direitos Humanos do PT, Rodrigo Mondego, afirma que ninguém dirigiu a palavra diretamente à jornalista, que cantos na decolagem e aterrissagem foram apenas contra a Rede Globo   Por Redação                                                                            Em entrevista exclusiva à Fórum, Rodrigo Mondego, coordenador da Setorial de Direitos Humanos do PT, refuta como mentirosas afirmações feitas pela jornalista Míriam Leitão, que publicou coluna no jornal O Globo em que diz ter sofrido agressões verbais durante voo no sábado, 3 de junho, por parte de militantes do PT. Rodrigo, apesar de não ser delegado da convenção do partido, voltou no mesmo voo com destino ao Rio de Janeiro. Segundo ele, Míriam Leitão foi reconhecida na fila de embarque, e parte dos militantes ficou “ouriçada” por ela ser uma das principais críticas ao partido, “que participou desse massacre midiático de mais de uma década contra o PT, com verdade e inverdades”, afirma. Nessa hora, por ser advogado, conversou com as pessoas e falou para não dirigirem a palavra diretamente a ela. “Fazer manifestação contra a Globo é legítimo, é um direito constitucional, mas em nenhum momento dirija a palavra diretamente para a Míriam, porque ela vai querer, com certeza, criminalizar como uma injúria ou algo do tipo”, aconselhou. Diz que assim que embarcaram, mesmo antes de os militantes cantarem, a Polícia Federal entrou o avião. Um policial de terno foi até a parte de trás da aeronave e questionou quem era o líder? Quem estava fazendo aquilo? A resposta foi que não havia líder, ali todo mundo era dirigente do partido. “E a gente não está fazendo nada. Quando a Polícia Federal saiu e o piloto decidiu decolar, o pessoal começou a gritar “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”, a “verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”, e cânticos do tipo.” Ele relata que o voo não foi tranquilo, com algumas pessoas sentindo mal-estar pelas manobras do piloto. Assim que o avião estava descendo no Santos Dumont, novamente voltaram a gritar: “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo.” “Golpistas não passarão, fascistas não passarão.” Mas, segundo ele, um grito aberto, nunca olhando ou focando em Míriam Leitão. Sobre a afirmação da jornalista em o Globo, que diz ter sido xingada por 2 horas, Mondego diz que é mentira. “As pessoas gritaram quando o avião estava subindo e quando estava descendo contra a Globo. Fora isso, ficaram fazendo brincadeiras entre si, num grupo de amigos. Sem contar que metade dos delegados eram mulheres, que discutiram sobre violência à mulher no congresso do partido, e nunca permitiriam um ataque machista, de conotação sexista”, diz. Outra afirmação que o advogado afirma ser mentira de Míriam é que as pessoas ficavam empurrando a cadeira dela no voo. Mentira, até porque ela estava perto do pessoal que era mais velho do partido, no meio do avião. Ela mente. Se isso não foi algo armado para ela se vitimizar, e mais uma vez atacar os militantes do PT, é muito estranho. Inclusive tem fotos dos comissários filmando tudo e não tem nenhuma filmagem até agora que comprove esses ataques absurdos que ela diz ter sofrido”, conclui. Leia também: Apertem os cintos, o estado de direito sumiu: violação aos direitos num voo da Avianca PT lamenta constrangimento de Míriam Leitão e aponta responsabilidade da Globo em radicalização

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