Escrito en
MÍDIA
el
Os governos Dilma só registraram Produto Interno Bruto acima dos 2% e, para os grandes veículos de comunicação do país, aquilo um "pibinho". Já o PIB de 0,1% do governo Temer registrado neste terceiro trimestre é tratado como "retomada do crescimento". Diferença de tratamento é explícita
Por Redação
Veículos de mídia tradicional do Brasil como Globo, Folha de S. Paulo, Estadão e Veja praticamente comemoraram a notícia da última semana de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,1% no terceiro trimestre do ano. O crescimento, apesar de ser o mais baixo com relação aos períodos anteriores (1,3% e 0,7%), fizeram com que estes veículos se apressassem em entrevistar "especialistas" para dizer que os números representam uma "retomada do crescimento".
De forma unânime, os jornais da mídia corporativa nacional enxergam com otimismo os números deste ano e projetam mais crescimento para o ano que vem.
Nem sempre, no entanto, foi assim. São nestes momentos que vale resgatar como esses mesmos veículos tratavam o Produto Interno Bruto registrado pelos governos Dilma ao longo dos anos. Em 2014 o governo Dilma registrou o PIB mais baixo de todos os mandatos de governos petistas: 2,5% - um número que, apesar de baixo, é astronomicamente maior que o PIB registrado pelo governo Temer. Acontece que, naquele ano, já criando as bases para a narrativa do impeachment que viria a se consolidar dois anos depois, a imprensa insistiu em chamar aquele PIB de "pibinho" - uma maneira de desqualificar as políticas econômicas da equipe de Dilma.
A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (RS), inclusive, foi uma das pessoas que escancararam a maneira distinta como o PIB brasileiro foi tratado pela imprensa entre os governos Dilma e Temer.
Confira, nas manchetes abaixo, como fica clara a diferença de tratamento.
PIB de 0,1% do governo Temer
PIB acima de 2% dos governos Dilma, o "pibinho"