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O governador e pré-candidato à presidência apelou ao rótulo fácil de "TV do Lula" para se referir à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal de comunicação democrática criada no governo do petista que administra veículos como a TV Brasil e Agência Brasil
Por Redação*
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), já está em ritmo de campanha e apelando para rótulos fáceis como "TV do Lula" para se referir à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal que pretende pôr fim caso seja eleito presidente em 2018. Em entrevista à rádio Jovem Pan na manhã desta quarta-feira (27), o tucano defendeu uma política privatista por parte do governo federal.
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“Se eu for presidente, vou fechar e acabar com isso. Não tem sentido nenhum. É a TV do Lula. Gasta um dinheirão, tem milhares de funcionários e não dá audiência”, afirmou. De acordo com Alckmin, o papel de seu eventual governo vai ser se restringir à regulação e fiscalização das concessões de rádio e TV.
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) foi criada no segundo governo do ex-presidente Lula e foi, durante anos, uma iniciativa exitosa no âmbito da telecomunicação estatal, com uma curadoria de conteúdo diversa, plural e democrática e servindo como uma descentralizadora de informações.
Durante o governo Temer, a empresa de comunicação foi o centro de polêmicas envolvendo a presidência do órgão. Em maio de 2016, o peemedebista demitiu o jornalista Ricardo Melo da direção da EBC. Melo conseguiu retornar ao cargo por decisão judicial, mas acabou exonerado em definitivo, após uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) ser derrubada.
O seu substituto, Laerte Rimoli, deixou o cargo em dezembro deste ano, depois de publicar, em seu perfil pessoal nas redes sociais, piadas racistas envolvendo a atriz Taís Araújo.
Vinculada à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a EBC administra veículos como a TV Brasil e Agência Brasil, além de ser a responsável por produzir o programa de rádio “A Voz do Brasil”.
*Com Metrópoles
Foto: Marcelo Camargo/ABr