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Com a cidade no roteiro de turismo da Copa do Mundo, campanha é lançada nas redes sociais para os estrangeiros respeitarem as mulheres
Por Isadora Otoni
A equipe de Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba, de seis integrantes, realiza um trabalho exemplar. As campanhas lançadas abordam temas significativos, mas com uma linguagem divertida. As publicações nas redes sociais conseguem atingir além do público curitibano, prova de que a fórmula deve ser copiada.
A última publicação com muito engajamento no Facebook trata-se de uma campanha contra o assédio sexual de mulheres. Com a capital do Paraná no roteiro da Copa do Mundo, a equipe se adiantou em alertar aos turistas estrangeiros: “Não quer dizer não”. A imagem com a sentença simples atingiu cerca de cinqüenta mil pessoas, de acordo com Roseli Isidoro, responsável pela Comunicação Social.
“Sabemos que existe uma cultura, lá fora, de que existe aqui uma facilidade para a prática do turismo sexual e que nossas mulheres são vulneráveis”, explica Roseli. Além disso, eles levam em consideração que “a violência contra a mulher não é um problema exclusivo do Brasil”. “Queremos que todos, inclusive os brasileiros, respeitem nossas mulheres, nossas meninas, nossas crianças”.
A mesma frase foi divulgada em espanhol (Não quiere decir no) e em inglês (Não means no) no Facebook, para garantir que os turistas entendam o recado. Apesar de ser uma palavra auto-explicativa, nem todo mundo entende seu verdadeiro significado. “Os homens devem saber que quando uma mulher está dizendo não, é porque ela quer ser respeitada, ela quer ser tratada com dignidade. E que ela não está fazendo jogo, mas exercendo um direito dela”, explicita Roseli.
Mesmo após a Copa, a equipe de Comunicação Social vai continuar atenta às demandas feministas. Isso porque Roseli considera fundamental respeitar o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, desenvolvido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. “Queremos toda a sociedade envolvida na luta pelos direitos das mulheres e é claro que neste contexto se insere também os movimentos feministas”.