Escrito en
MÍDIA
el
Dados sobre a avaliação da imprensa não foram divulgados pela mídia hegemônica, quase todos ficaram apenas e tão somente nos números sobre as eleições
Por Dennis de Oliveira, em seu blogue
A última pesquisa da CNT traz alguns dados interessantes, além dos que foram amplamente divulgados pela mídia sobre as eleições presidenciais. Ative-me na leitura da íntegra do relatório sobre a opinião dos entrevistados sobre algumas instituições.
Em 2007, a Universidade Harvard fez um estudo parecido com a população dos EUA sobre as instituições daquele país. Havia um descontentamento grande com os rumos do governo Bush, os desdobramentos da invasão do Iraque e do Afeganistão e a crise econômica. Isto motivou uma crítica dura dos norte-americanos a praticamente todas as instituições-chave do sistema democrático, principalmente aquelas mais marcadamente de espírito liberal: o poder executivo, o legislativo, a imprensa. Em compensação, instituições de inspiração não liberal ou conservadora eram melhor avaliadas, como as Forças Armadas.
[caption id="attachment_30786" align="alignright" width="360"] (Abbey Hendrickson/WikiCommons)[/caption]
A imprensa foi uma das piores avaliadas, perdendo apenas para o Congresso. A maioria esmagadora dizia que ela manipulava a informação, que defendia determinados candidatos e não informava corretamente o público, além de estar articulada com grupos de poder.
A pesquisa feita pela CNT em setembro tem resultados semelhantes a alguns da norte-americana. Com um detalhe: enquanto a pesquisa de Harvard captou um sentimento de descontentamento crescente da opinião pública norte-americana com o governo, a da CNT ocorre em um momento diverso, a de uma recuperação da confiança da população brasileira nos rumos do atual governo. A pesquisa de Harvard indicava já a preferência dos norte-americanos por um candidato da oposição e uma avaliação bastante negativa do então presidente dos EUA. Por aqui, a pesquisa da CNT demonstra uma recuperação das intenções de voto na atual presidenta da República, uma estagnação dos candidatos de oposição e uma leve recuperação na confiança nos rumos da economia do país. A avaliação da imagem da atual presidenta também melhora e o seu partido continua tendo a preferência dos eleitores segundo esta mesma pesquisa.
Continue lendo aqui