O governo federal lançou nesta semana o programa Carro Sustentável, que isenta do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) os veículos compactos com alta eficiência energética e fabricados no Brasil. Embora a medida entre oficialmente em vigor dentro de 90 dias, marcas como Fiat, Volkswagen e Renault já começaram a aplicar os novos valores em seus modelos.
O destaque vai para os carros populares com motores mais econômicos e estruturas adaptadas para maior índice de reciclabilidade. A Renault, por exemplo, assumiu a liderança de carro mais barato do país com o Kwid Zen, agora custando R$ 67.290 — desconto de R$ 11.400.
Confira os principais preços anunciados:
Fiat
- Mobi Like: de R$ 80.990 por R$ 67.990 (– R$ 13 mil)
- Mobi Trekking: de R$ 82.990 por R$ 73.290 (– R$ 9,7 mil)
- Argo Drive 1.0 MT: de R$ 94.990 por R$ 86.990 (– R$ 8 mil)
Volkswagen
- Saveiro Robust CS: de R$ 109.490 por R$ 88.687 (– R$ 20.803)
- Polo Highline: de R$ 131.650 por R$ 120.240 (– R$ 11.410)
- Virtus Highline: de R$ 155.490 por R$ 144.080 (– R$ 11.410)
- Novo T-Cross 200 TSI: de R$ 154.990 por R$ 144.854 (– R$ 10.136)
- Novo Nivus Highline: de R$ 163.290 por R$ 146.490 (– R$ 16.800)
Renault
- Kwid Zen: de R$ 78.690 por R$ 67.290 (– R$ 11.400)
- Kwid Intense: de R$ 81.790 por R$ 71.290 (– R$ 10.500)
- Kwid Iconic: de R$ 85.190 por R$ 75.690 (– R$ 9.500)
- Kwid Outsider: de R$ 85.290 por R$ 75.290 (– R$ 10 mil)
Condições
Para ter direito ao benefício, o veículo deve emitir menos de 83g de CO2 por quilômetro, conter mais de 80% de materiais recicláveis e ser produzido integralmente no país. A medida, válida até o fim de 2026, foi apresentada no Palácio do Planalto com a presença de Lula, Geraldo Alckmin e representantes do setor automotivo.
Além do IPI zero, o decreto cria um novo modelo de cálculo para os demais veículos, com alíquotas que variam de acordo com eficiência energética, potência, tecnologia de propulsão, segurança e reciclabilidade. Um carro híbrido-flex, por exemplo, pode ter a alíquota reduzida de 6,3% para 2,8%, dependendo do seu desempenho ambiental. O governo garante que o novo sistema não trará impacto fiscal e deve beneficiar cerca de 60% dos carros vendidos no país.
Com o novo programa, batizado de Mover, a estimativa é de que o setor automotivo movimente até R$ 190 bilhões em investimentos nos próximos anos. A iniciativa também prevê a liberação de R$ 19,3 bilhões em créditos financeiros entre 2024 e 2028. Segundo a Anfavea, os avanços ambientais já são visíveis: os carros produzidos atualmente no Brasil emitem 20 vezes menos poluentes do que os fabricados no início dos anos 2000.
